ANÁLISE ESPACIAL EM ARQUEOLOGIA – INTERAÇÃO ENTRE A GEOMORFOLOGIA GRANÍTICA E MORFOLOGIA DE SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS NO LAJEDO DO BRAVO - PB
DOI:
https://doi.org/10.28998/contegeo.9i.18.16886Palavras-chave:
Geoarqueologia, Plúton do Bravo, Feições Geomorfológicas, Geomorfologia GraníticaResumo
A Geoarqueologia como uma ciência multidisciplinar, busca com o auxílio das geociências, a interpretação das ocupações humanas pré-históricas e históricas. Este trabalho procura conseguir através das feições graníticas que compreendem a paisagem no Plúton do Bravo, localizado no semiárido paraibano. O motivo pelo qual a área foi escolhida durante o Quaternário para a ocupação de grupos humanos pode estar relacionada às várias feições graníticas que auxiliaram para esta permanência, que são evidenciadas por registros rupestres, além de vestígios líticos. Na área estudada, o Lajedo do Bravo é possível identificar diversas fáceis esculpidas no granito, que modelam a paisagem, criando formas que propiciavam a permanência desses grupos humanos como tafonis, karrens e gnammas. Essas formas graníticas propiciaram aos grupos humanos pré-históricos que ocuparam o Plúton do Bravo, condições para a possível subsistência na área, pois essas formas eram responsáveis por assegurar recursos para esses grupos como abrigos e reservatórios que acumulavam água durante o período de estiagem. Os sítios são representados por pinturas em boulders e tafonis que estão associados a possíveis abrigos e sítios a céu aberto com a presença de indústria lítica.
Downloads
Referências
BASTOS, F. H. Evidências Morfológicas De Condições Paleoclimáticas Úmidas No Semiárido Brasileiro. (Revista de Geografia, Vol 35, 2018).
BIGARELLA, J. J. Estrutura e Origem das Paisagens Tropicais. (Vol.1. Florianópolis: Ed. UFSC, 1994).
BOADO, F. C. (1999) Del Terreno al Espacio: Planteamiente y Perspectivas para La Arqueología del Paisaje. Capa n. 6, Grupo de Investigación en Arqueología del Paisaje, Universidad de Santiago de Compostela.
BUTZER, K. (1982). Archaeology as Humam Ecology. Cambridge. Pág. 364.
CORRÊA, ANTONIO C. B., TAVARES, BRUNO A. C., Megageomorfologia E Morfoestrutura Do Planalto Da Borborema, (Revista do Instituto Geológico, São Paulo, 31 (1/2), 35-52, 2010).
CORRÊA, A. C. B; TAVARES, B. A. C.; CAVALCANTI, L. C. S; MÜTZENBERG, D; LIRA, D. R. The Semiarid domain. IN; The Physical Geography of Brazil. Springer, 2019.
DI BACO, H. M. FACCIO, N. B. LUZ, J. R. Das Raízes da Pesquisa Arqueológica a Arqueologia Processual: Um Esboço Geral. (V.3, N° 1, p. 206 - 233, 2009).
GUERRA, ANTONIO J. T., CUNHA, SANDRA B. Geomorfologia: Uma Atualização de Bases e Conceitos, (CI Editoração Eletrônica Ltda, 1994).
HONORATO, Laina; Arqueologia da Paisagem e Geoarqueologia: Experiências em Projetos de Pesquisa. (V. 3, N° 1, p. 127 - 147, 2009).
LAGES, G. A. MARINHO, M. (2016) Campo de Matacões Graníticos Gigantes e Registros Rupestres de Civilização Pré-Colombiana. (SIGEP 068).
LIMA, D.L.S, BASTOS, F.H. (2018) Geomorfologia Em Granito: Estudo Das Feições Graníticas No Maciço De Uruburetama, Ceará, Brasil. Universidade Estadual do Ceará.
LIMA, D. V. R; CASTRO, V. M. C; MORAES, F. A. A. (2019) O Sítio Furna do Estrago em Pernambuco: Uma Análise de Gênero. Revista de Arqueologia, Vol. 32. N°02.
MAIA, RÚBSON P., NASCIMENTO, MARCOS A. L.. (2018) Relevos Graníticos Do Nordeste Brasileiro, Revista Brasileira de Geomorfologia, vol. 19. N°02.
MARTIN, G. Pré-História do Nordeste do Brasil. (5º Edição, Editora Universitária, UFPE, 2013).
MUTZENBERG, D. Gênese e Ocupação Pré-Histórica do Sítio Arqueológico Pedra do Alexandre: Uma Abordagem a partir da Caracterização Paleoambiental do Vale do Rio Carnaúba-RN. (Dissertação de Mestrado 2007).
NEVES, SÉRGIO P. Granitos Orogênicos: Da Deformação dos Magmas à Intrusão e Deformação, (Synergia Editora, 2012).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License. Os Autores dos trabalhos aceitos para publicação na revista CONTEXTO GEOGRÁFICO devem concordar com os termos a seguir: a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional; b) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online;e c) Considerando que o acesso a revista é público, os artigos publicados são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.