A GEOHISTÓRIA NO CENTRO DA CAPITAL CEARENSE: O PAPEL DA CASA BORIS-FRÈRE NA ECONOMIA E NA SOCIEDADE DE FORTALEZA NA BELLE ÉPOQUE
DOI:
https://doi.org/10.28998/contegeo.9i.21.17870Palavras-chave:
Fortaleza, Casa Boris-Frère, Belle Époque, Economia, GeohistóriaResumo
O artigo explora a influência da Casa Boris-Frère no desenvolvimento econômico e cultural de Fortaleza a partir de uma abordagem geohistórica. Fortaleza, uma cidade que cresceu rapidamente devido ao comércio, especialmente após a Guerra Civil Americana, se transformou em um centro influente no Nordeste brasileiro. A influência francesa, especialmente durante a Belle Époque, trouxe um estilo de vida sofisticado que rendeu à cidade o apelido de "Paris Nordestina". A Casa Boris-Frère, estabelecida por irmãos franceses em 1872, desempenhou um papel crucial como intermediária entre Fortaleza e Paris, facilitando o comércio de produtos manufaturados da França e exportando matérias-primas como algodão. Além do impacto econômico, a casa também promoveu intercâmbios culturais e sociais, influenciando desde moda até hábitos de consumo. O artigo usa uma análise geohistórica para mostrar como esses elementos do passado continuam presentes no espaço e na sociedade fortalezense.
Downloads
Referências
BERTELLI, Carlos H. Uma casa chamada Boris. Rio Grande Filatélico, n. 45, 2006.
CEVASCO, Maria Elisa. Hibridismo cultural e globalização. ArtCultura, v. 8, n. 12, 2006.
CORRÊA, Roberto Lobato. O interesse do geógrafo pelo tempo. Boletim Paulista de Geografia, v. 94, 2016, p. 1-11.
COSENZA, José Paulo; REZENDE, Amaury José. Atuação das casas comerciais francesas no Brasil: o papel da casa Marc Jacob no comércio da cidade de Parnaíba, 1886- 1927. Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ, v. 24, n. 2, p. 42-60, 2020.
COSENZA, José Paulo; ROCCHI, Carlos Antonio De; RIBEIRO, Carlos Antonio Campello. Presença francesa no Brasil no século XIX: análise dos arquivos contábeis da Casa Boris no período de 1872 a 1887. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, v. 16, n. 51, p. 223-256, 2014.
COSTA, Maria Clélia Lustosa. Capítulos de geografia histórica de Fortaleza / - Fortaleza: Imprensa Universitária, 2017. 180 p. : il. ; 21 cm. (Estudos da Pós-Graduação)
COURVILLE, Serge. Introduction à la géographie historique. Presses Université Laval, 1995.
FERREIRA, Maria Julia. O Espaço-Tempo e a Geohistória. Revista da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, n.° 12, Lisboa, Edições Colibri, 1998, p. 215-227
GARCIA, Fátima. Fortaleza em Fotos: Uma Casa Chamada Boris. 2017. http://www.fortalezaemfotos.com.br/2017/03/uma-casa-chamada-boris.html> Acesso em: 24 de setembro de 2020.
GIRAUD, Ana Cláudia Barbosa. Discursos e estilos de docentes de FLE e a influência da cultura francesa na formação da sociedade brasileira. Non Plus, n. 2, p. 75-87, 2012.
HARVEY, David. A condição pós-moderna. Tradução: Adail Ubirajara Sobral, Maria Stela Gonçalves. Edições LOYOLA, São Paulo, Brasil. 360p.
LEFEBVRE, Henri. A produção do espaço. Tradução: Doralice Barros Pereira e Sérgio Martins (do original: La production de l’espace. 4e éd. Paris: Éditions Anthropos, 2000). 2006, 476 p.
LOURENÇO, Luís Augusto Bustamante. Geografia Histórica: considerações teórico-metodológicas. In: A oeste das minas: escravos, índios e homens livres numa fronteira oitocentista Triângulo Mineiro (1750-1861) [online]. Uberlândia: EDUFU, 2005, pp. 27-40.
MALERBA, Jurandir. O Brasil Imperial (1808-1889): Panorama da história do Brasil no século XIX / Jurandir Malerba. -- Maringá: Eduem, 1999. 192 p.
MOLLIER, Jean-Yves. O advento da cultura de massa na França e no mundo no século XIX. Dossiê Práticas Editoriais e Intermediações da Cultura. Arquivos do CMD, Volume7, N.1. 2018. P. 14-28
MORAIS, Nágila Maia de. O vaivém das marés: o dia-a-dia de trabalho dos catraieiros no porto de fortaleza (1903-1904). anpuh – xxv simpósio nacional de história – Fortaleza, 2009.
NOBRE, Leila. Fortaleza Nobre: Ponte Metálica e Ponte dos Ingleses. 2009. Disponível em <http://www.fortalezanobre.com.br/2009/06/ponte-metalica.html>. Acesso em: 24 de setembro de 2020
NOBRE, Leila. Casa Boris Frères. Fortaleza Nobre, 2013. Disponível em: http://www.fortalezanobre.com.br/2013/02/casa-boris-freres.html. Acesso em: 10 de junho de 2023.
PAULA, Davis Pereira, MORAIS, Jáder Onofre de, FERREIRA, Óscar, & DIAS, J. Alveirinho. De um simples porto a uma cidade convertida para o turismo: a artificialização do litoral de Fortaleza-CE, Brasil. 2015. O Homem e as Zonas Costeiras, 4, 200-213.
PINASSI, Maria Orlanda. Três Devotos, Uma Fé, Nenhum Milagre.Unesp, 1998.
PONTE, Sebastião Rogério. Fortaleza Belle Époque: reforma urbana e controle social 1860-1930. 5.ed. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2014. 224p.
REZENDE, Amaury José; SILVA, Adolfo Henrique Coutinho e; DALMÁCIO, Flávia Zóboli; COSENZA, José Paulo.. O sistema contábil no Brasil no período de transição do império para a república: estudo de caso de uma casa comercial nos anos de 1882 a 1896. In: VII Congresso Anpcont, 2013, Fortaleza. VII Congresso Anpcont, 2013. v. 1. p. 1-20.
RODRIGUES, Glauco Bruce. Geografia histórica e ativismos sociais. GeoTextos, v. 11, n. 1, 2015.
SÉVES, António de. A Revolução Francesa e suas consequências. Lisboa; Pro-Domo; 8° edição. 106 p., 1944.
SILVA, José Borzacchiello da. Fortaleza, A Metrópole Sertaneja do Litoral. In: SILVA, José Borzacchiello da; DANTAS, Eustógio Wanderley Correia; Za nella, Maria Elisa Zanella; MEIRELES, Antônio Jeovah de Andrade (orgs.). Litoral e Sertão, natureza e sociedade no nordeste brasileiro - José Borzac chiello da Silva et al. Fortaleza: Expressão Gráfica, 2006. 408p.
SILVA, José Bozarcchiello Da. O Papel Social do Geógrafo. Boletim Gaúcho de Geografia, v.22, n.1, 1997.
SIMONINI, Yuri. Fortaleza, Brasil – um porto afogado na areia (1869-1940). Universidad Icesi. CS, núm. 36, p. 113-145, 2022
TAKEYA, Denise Monteiro. O capital mercantil estrangeiro no Brasil do século XIX: a atuação da Casa Boris Freres no Ceará. Revista de Ciências Sociais, Fortaleza, v. 15, n. 1, p. 111-145, 1994.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License. Os Autores dos trabalhos aceitos para publicação na revista CONTEXTO GEOGRÁFICO devem concordar com os termos a seguir: a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional; b) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online;e c) Considerando que o acesso a revista é público, os artigos publicados são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.