OS ALICERCES DA FORMAÇÃO ECONÔMICA NO NORDESTE BRASILEIRO: UMA ANÁLISE A PARTIR DA SUB-REGIÃO AGRESTE

Resumo

O Nordeste apresenta cidades que foram se desenvolvendo e formando diversos centros regionais por todo o seu território, destacando cidades interioranas que são consideradas capitais regionais, tendo na feira livre evento que contribui para expansão do comércio, serviços e indústrias. Cidades como Itabaiana/SE, Caruaru/PE, Feira de Santana/BA e diversas outras, têm suas gêneses atreladas a este evento que é marca registrada no processo de desenvolvimento econômico, social e cultural. O presente artigo faz uma discussão em torno da gênese e formação da vida econômica nordestina, com especial atenção para a sub-região Agreste e o papel desempenhado pela feira livre. Destarte, o uso de um referencial teórico centrado no entendimento de variáveis como: região e sub-região, Agreste nordestino, feira livre, desenvolvimento econômico, dinamicidade e centralidade, a partir de autores como Andrade (1979), Santos ([1979] 2008), Melo (1980), Braudel (1998), Pazera Jr. (2003), Dantas (2007), Mamigonian (2009), Santos e Silveira (2010) entre outros, mostrou-se imprescindível nesta análise. Constatou-se um desenvolvimento centrado nas iniciativas locais e na feira livre, com surgimento de pequenos negócios com mão-de-obra local, capital próprio e técnicas não tão modernas, contribuindo para o nascimento de centros regionais que continuam dinamizando o Agreste e o interior Nordestino.