LOGÍSTICA E FLUIDEZ TERRITORIAL EM ALAGOAS: UMA ANÁLISE DOS PRAZOS DE ENTREGA DOS CORREIOS E SUAS IMPLICAÇÕES TÉCNICAS E POLÍTICAS
DOI:
https://doi.org/10.28998/contegeo.4i8.9355Palavras-chave:
Circulação, Usos do território, Integração territorial.Resumo
Este artigo objetiva discutir as implicações técnicas e políticas da logística para a fluidez territorial, por meio da análise dos prazos de entrega dos Correios para os municípios do estado de Alagoas. A metodologia consistiu em revisão bibliográfica; elaboração de planilha de prazos do serviço SEDEX, utilizando o calculador de preços e prazos online dos Correios; elaboração cartográfica; entrevistas; e um trabalho de campo em unidades dos Correios da cidade de Maceió. Os resultados revelaram, entre outros, que: a) houve significativa redução da velocidade dos fluxos postais entre 2016 e 2019, mas mantendo a estrutura anterior; b) há desigualdades na fluidez territorial entre a capital do estado e as demais cidades, e que esta vem se ampliando recentemente; c) a metropolização não é um fenômeno que se manifesta na logística postal em Alagoas; d) os espaços da rapidez ainda se revelam, em estados como Alagoas, sob a forma de alguns pontos, em contraste com amplos espaços da lentidão. As considerações finais apontam que as condições políticas da logística são tão determinantes quanto as técnicas, com implicações diretas sobre a fluidez e a integração territorial. Essas condições políticas parecem conduzir as estratégias logísticas que caracterizam o aprofundamento do neoliberalismo no Brasil.
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