ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA COLONIZAÇÃO DE PREMATUROS POR CANDIDA

Autores

  • Jayane Omena de Oliveira
  • Laís Nicolly Ribeiro da Silva
  • Mirelle Alessandra Silva de Medeiros
  • Rodrigo José Nunes Calumby
  • Rossana Teotônio de Farias Moreira
  • Fernanda Cristina de Albuquerque Maranhão

Resumo

Introdução: Recém-nascidos hospitalizados em UTINs estão sendo mais acometidos por infecções fúngicas, sendo a Candida albicans a espécie que mais se destaca. Diante disso, este trabalho tem como objetivo descrever os aspectos epidemiológicos de prematuros hospitalizados em UTIN colonizados por espécies de Candida. Método: Trata-se de um estudo prospectivo, realizado a partir do monitoramento da microbiota oral e retal de prematuros com peso menor a 1500 gramas, admitidos na UTIN entre dezembro de 2019 a fevereiro de 2020. As coletas foram realizadas nas primeiras 12, 48 e 96 horas de vida. A partir de então, uma vez por semana, até que o neonato recebesse alta ou evoluísse para óbito.  Resultados e Discussão: A amostra foi composta por 19 prematuros com peso médio de 1.112 gramas, idade gestacional média de 30,2 semanas, sendo 7 (36,8%) nascidos por parto vaginal e 12 (63,2%) por parto cesáreo.  Destes, 6 (31,6%) apresentara-se colonizados. Foi observado que 1 prematuro (16,6%) que tinha sua microbiota colonizada, passou por um intervalo de tempo descolonizado, coincidindo com o período submetido à fototerapia e antifúngico; cinco bebês (83,3%) passaram por pelo menos dois esquemas de rodízio; 2 (33,3%) utilizaram fluconazol profilático em associação com os antibióticos e 1 recebeu micafungina associado ao quarto esquema de rodízio; 3 (50%) neonatos receberam fototerapia; 3 (50%) estavam sob VMI, 2 (33,3%) em cateterismo umbilical e 3 (50%) utilizando PICC. Dentre os principais fatores de risco para a candidíase têm-se o uso de antibióticos de amplo espectro e submissão a procedimentos invasivos por longos períodos.  Conclusão: Os principais fatores de risco relacionados à colonização foram o uso prolongado de antimicrobianos, tempo prolongado de internação e submissão a procedimentos invasivos. Por outro lado, o uso de antifúngicos e realização de fototerapia parece ter interferido na colonização de um neonato.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BORGES, R. M. et al. Fatores de risco associados à colonização por Candida spp em neonatos internados em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal brasileira. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., [s.l.], v.42, n.4, p.431-435, 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0037-86822009000400014&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 20 out. 2020.

CABRERA, C. A. et al. Uso profilático de fluconazol em pré-termos extremos colonizados por candida spp. ResidPediatr., [s.l.], v.6, n.2, p.80-86, 2016. Disponível em: http://www.residenciapediatrica.com.br/detalhes/220/uso-profilatico-de-fluconazol-em-pre-termos-extremos-colonizados-por-candida-spp. Acesso em: 20 out. 2020.

CARNEIRO, J. A. et al. Fatores de risco para a mortalidade de recém-nascidos de muito baixo peso em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Rev. paul. pediatr., [s.l.], v.30, n.3, p.369-376, 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-05822012000300010&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 20 out. 2020.

CHERMONT, A. G. et al. Candidemia em unidade materno infantil de referência: aspectos clínico-epidemiológicos e fatores de risco em prematuros com peso inferior a 1.500 g. RevPan-AmazSaude, [s.l.], v.6, n.4, p.35-38, 2015. Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/pdf/rpas/v6n4/v6n4a05.pdf. Acesso em: 20 out. 2020.

PINHAT, E.C. et al. Fungalcolonization in newborn babies ofverylowbirthweight: a cohortstudy. J. pediatr., Rio de Janeiro, v.88, n.3, p.211-216, maio 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572012000300005. Acesso em: 20 out. 2020.

RIBEIRO, P. M. et al. Isolamento de Candida spp. com utilização de meio de cultura cromogênicoCHROMagarCandida. Braz DentSci., [s.l.], v.12, n.4, p.40-45, 2009. Disponível em:https://ojs.ict.unesp.br/index.php/cob/article/view/641. Acesso em: 20 out. 2020.

Downloads

Publicado

2021-09-09

Como Citar

Oliveira, J. O. de ., Silva, L. N. R. da ., Medeiros, M. A. S. de ., Calumby, R. J. N. ., Moreira, R. T. de F. ., & Maranhão, F. C. de A. . (2021). ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA COLONIZAÇÃO DE PREMATUROS POR CANDIDA. Gep News, 5(1), 280–284. Recuperado de https://seer.ufal.br/index.php/gepnews/article/view/12914

Edição

Seção

Artigos