Refletir, orientar e cuidar: ações de prevenção, assistência e acompanhamento às crianças expostas, a humanização do tratamento através das mães
Resumo
O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069 de 13 de julho/1990) assegura em seus artigos 7º e 11º o direito à proteção a vida e à saúde bem como a assistência integral a saúde da criança por intermédio do Sistema Único de Saúde (SUS). Existem hoje no Hospital Dia/HUPAA, crianças expostas, nascidas no período de janeiro de 2015 a junho de 2017, sendo que algumas destas crianças, com perda de seguimento do tratamento. A partir destes dados, surge no Hospital Dia, a necessidade de orientar as mães ou cuidador no processo de adesão ao tratamento das crianças expostas. Visando a humanização e qualificação da assistência à saúde da criança, e o direito de receber o tratamento e cuidado por parte da mãe e da equipe de saúde.
A humanização é uma outra temática que surge com ênfase no final de 1990 e início dos anos 2000, tendo conseguido legitimidade a partir da 11ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em Brasília, em 2000. Em 2001, foi criado o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar pelo Ministério da Saúde, com o objetivo de promover a cultura de um atendimento humanizado na área da saúde. No governo Lula, o programa transforma-se em Política Nacional de Humanização, ampliando sua área de ação passando a contemplar a gestão e a atenção. (CFESS, 2010).
A proposta deste trabalho é contribuir para redução da transmissão vertical pelo HIV/AIDS através ações de prevenção, assistência, vigilância e acompanhamento. Buscando conscientizar as mães e/ou responsáveis dos diretos da criança a não contaminação do HIV/AIDS, seja ele por meio de transmissão vertical ou falta de acompanhamento médico, uma vez que a criança como menor imputável não disponibiliza de responsabilidade, autonomia e conscientização de sua condição de saúde. O projeto realizará atividades que busquem orientar e sensibilizar as mães sobre a importância do tratamento e acompanhamento médico durante esse período, consequentemente contribuindo para a redução desse alto índice de perda de seguimento e favorecendo o cumprimento conforme preconiza protocolo de transmissão vertical.