Interface dos cuidados multiprofissionais em enfermagem epsicologia à pacientes com sintomatologia depressiva na atenção básica do SUS: uma revisão integrativa
Palavras-chave:
Depressão. Saúde Mental. Enfermagem. Psicologia. Atenção Básica.Resumo
A depressão é questão de saúde pública e, para além disso, de saúde mental. Diante da pertinência do tema frente ao vertiginoso aumento dos casos de depressão publicados pela Organização Mundial de Saúde, é preciso pensar formas de integralidade e de articulação multiprofissional do cuidado. Nesse sentido, considerar que a depressão envolve não só fatores fisiológicos, mas também psíquicos e sociais, gera a necessidade de direcionar o debate em torno das práticas de um modelo ampliado de saúde. O objetivo desse estudo é analisar as práticas dos profissionais de enfermagem e de psicologia no cuidado aos pacientes com depressão sob uma análise histórico-social do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Reforma Psiquiátrica. Trata-se de uma revisão integrativa, realizadas nas bases Periódicos CAPES, BVS e Google Acadêmico. Foram selecionados artigos produzidos nos últimos 10 anos, a partir da combinação dos descritores enfermagem, psicologia, atenção primária, equipe multiprofissional, depressão, bem como seus sinônimos, em língua portuguesa. Foram incluídos 12 estudos que, em geral, eram de caráter qualitativo e computavam sobre o atendimento multiprofissional e a atuação dos profissionais de Enfermagem e Psicologia no âmbito da Saúde Mental. Os problemas encontrados permeiam a base educacional dos cursos de graduação, a preparação das equipes, a visão dos profissionais sobre o escopo de atuação e os desafios do cuidado em saúde mental. A interpretação qualitativa dada aos resultados permitiu identificar a subrepresentatividade dos estudos acerca do funcionamento do cuidado em saúde mental ao paciente com sintomatologia depressiva na atenção básica. Ainda há, portanto, a necessidade de reestruturação no que tange ao tema e às possibilidades de um cuidado longitudinal, ampliado e de descentralização do modelo biomédico.