DOENÇA RENAL CRÔNICA EM IDOSOS: UM ESTUDO DESCRITIVO
Palavras-chave:
Envelhecimento. Insuficiência renal. Estado nutricional.Resumo
O objetivo do estudo foi caracterizar o perfil clínico e nutricional de idosos com doença renal crônica. Trata-se de estudo transversal, descritivo de base populacional, realizado com idosos de ambos os sexos com idade igual ou superior aos 60 anos, portadores de DRC em tratamento conservador. Os pacientes foram recrutados na unidade de sistema urinário de um hospital universitário de Maceió, Alagoas. Aprovado pelo Comitê de ética e pesquisa sob o número CAAE 43975115.9.0000.5013. Dos 52 idosos estudados, 94,2% e 68,3% apresentavam HAS e DM, sendo essas duas condições associadas em 63,4% da amostra. A prevalência de DRC por diferentes estágios de progressão foi de 13,1% para os estágios iniciais 1 e 2, sendo 86,8% para os estágios mais progredidos, respectivamente 3,4 e 5 não dialítico. A média de peso foi de 68,4 ± 15,1 kg, e IMC atual 27,2 ± 5,6 kg/m², sendo 56,5% classificados com excesso de peso, enquanto 95,8% apresentaram o percentual de gordura corporal elevado, com média de 37,9 ± 8,7 %. O risco elevado para DCV esteve presente em 90,2% dos pacientes, com média de CC de 99,9 ± 12,2 cm. Em relação ao controle metabólico, observa-se que 48,7% apresentaram anemia com níveis de hemoglobina de 11,3 ± 1,5 mg/dL, o controle glicêmico alterado esteve presente em 59,3% com glicemia de jejum de 128,6 ± 52 mg/dL. Enquanto o para o controle de função renal as médias foram de 2,3 ± 1,3mg/dL, 36,0 ± 30,1 ml/min/1,73m², 92,0 ± 45,3 mg/dL e 34,1 ± 22,5 ml/min/1,73m², para os níveis de creatinina, clearence de creatinina, uréia e TGF, respectivamente. Conclui-se que há prevalência elevada de idosos em estágios mais progredidos da doença renal, apresentando um perfil nutricional de elevado risco de doenças cardiovasculares, além de um total descontrole metabólico, indicativo de maior risco para desordens clínicas associadas.