CORRELAÇÃO ENTRE EXERCÍCIO FÍSICO, QUALIDADE DE VIDA E NÍVEIS DE FADIGA NOS PACIENTES EM TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO
Palavras-chave:
Neoplasia. Promoção da Saúde. Exercício Físico.Resumo
O diagnóstico de câncer vem aumento ao longo dos anos, que, segundo a Organização Mundial de Saúde, representariam 46,1 milhões de casos para 2018. O estilo de vida e hábitos tem sido apontado como uma das possíveis causas para a manifestação da neoplasia. O presente estudo teve por objetivo verificar a correlação entre exercício físico, níveis de fadiga e qualidade de vida de pacientes em tratamento quimioterápico no Centro de Alta Complexidade Oncológica (CACON). Em termos metodológicos, configura-se como um estudo epidemiológico, analítico, não experimental e não controlado. Foram coletados dados de 64 pacientes, entre julho e agosto de 2018. Para o perfil geral dos pacientes usou-se um questionário semiestruturado; para a variável de atividade física o IPAQ; para identificar o nível de qualidade de vida o EORTC QLQ-C30; e para a nível de fadiga, a Escala de Piper. As variáveis foram analisadas por tabela de distribuição de frequência e a correlação feita através do Teste R-Spearman, respeitando o p<0,05. Como resultado percebeu-se 26,57% dos sujeitos praticavam exercício físico antes do diagnóstico, com uma diminuição para 11,18% durante o tratamento. Em termos de atividade física, os sujeitos são insuficientemente ativos. Para a variável de fadiga, 50% apresentaram esse sintoma, com maiores impactos para a dimensão afetiva (7,99) e comportamental (7,39). Na correlação com o exercício físico, percebeu-se que os sujeitos que seu treinamento obteve scores menores na escala de fadiga. Para a variável qualidade de vida, os dados apontaram impactos maiores na escala de dificuldade financeira, na escala de sintomas e na escala funciona. Na associação com a prática de exercício físico, identificou uma relação favorável à qualidade de vida daqueles que mantiveram sua rotina de treinamento. Logo, o uso do exercício físico no tratamento quimioterápico pode levar a percepções mais favoráveis de qualidade de vida.