PERFIL CLÍNICO E NUTRICIONAL DE GESTANTES DE ALTO RISCO INTERNADAS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM MACEIÓ-AL
Palavras-chave:
Atenção Pré-Natal. Saúde da Mulher. Perfil de saúde.Resumo
A presença de alguma co-morbidade materna e/ou condição sociobiológica que eleve o risco de intercorrências na gravidez, ameaçando a vida materno-fetal, caracteriza-se como gestação de alto risco, por este motivo, o presente estudo objetivou conhecer o perfil clínico e nutricional de gestantes de alto risco admitidas num Hospital de referência em Maceió/AL, visando identificar sua representatividade, auxiliando no cuidado à saúde para que os agravos nocivos ao binômio materno-infantil sejam atenuados. Trata-se de um estudo descritivo, observacional, transversal, realizado por dados secundários, provenientes de prontuários clínicos e registros nutricionais de gestantes, coletados em julho de 2018. Os dados continham informações clínicas (Idade cronológica e gestacional, Tempo de hospitalização, co-morbidades, paridade e motivo admissional) e nutricionais (peso PG (kg), peso G (kg), ganho ponderal (kg) e estatura (m)). Foram admitidas 104 gestantes, com média de 27±7,1 anos, estando com 26,8±8,8 semanas, sendo destas 2,0% gemelares. O Estado Nutricional (EN) PG e G foi predominantemente de eutrofia, com percentual de 47,1% e 39,4%, respectivamente, no entanto, pode-se constatar que 12,24% (n=6) das gestantes modificaram seu EN, do período PG, de eutrofia, para o G de sobrepeso/obesidade. Dentre os agravos admissionais observados, majoritariamente foi detectada a Infecção do trato urinário (ITU) (20,2%), entretanto, ao comparar os agravos com os EN, verificou-se que gestantes com SHEG e DMG apresentavam maior frequência na classificação de sobrepeso (26,3%; 31,6%) e obesidade (38,5%; 46,1%), respectivamente. Destarte, considera-se que os resultados encontrados neste estudo contribuem para o desenvolvimento de estratégias de saúde, auxiliando no cuidado a vida materno-fetal.