EFEITOS DA LASERTERAPIA DE BAIXA POTÊNCIA EM GLOSSITE MIGRATÓRIA BENIGNA: RELATO DE CASO CLÍNICO
Resumo
A glossite migratória benigna é uma anomalia de desenvolvimento de etiopatogenia desconhecida. Apesar de origem incerta, é possível associa-la a fatores endógenos e exógenos, como psicogênicos, diabete melito insulinodependente, alérgicos, hereditários, infeccções fúngicas, entre outros. Normalmente a língua geográfica é assintomática; no entanto, por ser uma desordem crônica, estímulos irritantes podem eventualmente ulcerar e apresentar ardor, dor e/ou queimação, de forma que a região acometida pela lesão mostra-se eritematosa, rodeada de bordos elevados e branco-acinzentados, com despapilação filiforme e papilas fungiformes proeminentes. Não há necessidade de intervenção terapêutica quando são assintomáticas, porém quando sintomáticas, o tratamento paliativo é indicado, principalmente a analgesia, com o uso de corticoide tópico e tratamentos altenativos como o uso do laser de baixa potência. Este relato de caso apresenta paciente masculino, caucasiano, 36 anos, que compareceu à clínica de estomatologia da Faculdade de Odontologia da UFAL apresentando quadro de glossite migratória benigna, com sintomatologia presente de ardor e incômodo, bem como despapilação, lesão de aspecto hipercrômico, irregular e bem delimitado nos dois terços anteriores da língua e início de processo ulcerativo no bordo anterior. Foi instituído tratamento baseado na laserterapia de baixa potência por três dias consecutivos com intervalo de 24 horas entre cada aplicação, visto que o uso de Nistatina®, previamento prescrito por médico otorrinolaringologista, não apresentou resultados significativos. Dois dias após tratamento, paciente relatou ausência total dos sintomas previamente relatados e redução do tamanho e coloração da lesão.
Texto completo:
PDF/AApontamentos
- Não há apontamentos.