Câncer de colo de útero em Alagoas: um estudo descritivo retrospectivo
Resumo
Objetivo: Analisar a cobertura das políticas de rastreamento e seus impactos na mortalidade do câncer de colo de útero em Alagoas. Método: Foi feito um estudo descritivo retrospectivo, em outubro de 2020, com dados relativos à realização de exame citopatológico, colposcopia e biópsia de colo de útero dos municípios alagoanos entre 2013 e 2019 e mortalidade por câncer de colo de útero em Alagoas e no Brasil entre 2013 e 2018, extraídos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Resultados: Os dados demonstram que o rastreamento pelo exame citopatológico vem demonstrando uma cobertura abaixo de 10% nos últimos anos quando comparados à população feminina alagoana preconizada para realização. Além disso, as mortes por câncer de colo do útero estão estabilizadas, o que demonstra a ineficácia das políticas públicas. Conclusão: A mortalidade por Câncer de colo de útero em Alagoas segue aumentando, sendo 120 em 2018, o que evidencia que o rastreamento atual não cumpre o papel de diminuir a mortalidade, pois tem se mostrado insuficiente. Torna-se essencial o desenvolvimento e o fortalecimento de ações integradas em todos os níveis de atenção, a fim de organizar o processo de rastreamento e ampliar a oferta de procedimentos da linha de cuidado de câncer de colo de útero.
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