Análise Comparativa da incidência de Sífilis Gestacional em Maceió-AL

Autores

  • Maria Clara de Sousa Lima Cunha Universidade federal de alagoas
  • Lucas Nascimento Monteiro Universidade federal de Alagoas
  • Gentileza Santos Neiva
  • Melissa Nathalye Gonçalves
  • Voney Fernando Malta
  • Paulo Henrique Silva

DOI:

https://doi.org/10.28998/rpss.v5i3.11829

Resumo

A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) de alta incidência mundial provocada pela bactéria gram-negativa Treponema pallidum. A transmissão pode ocorrer por contato sexual desprotegido com infectados, mucosa, sangue ou saliva de contaminados e por via transplacentária materno-fetal. Pode-se diagnosticar a Sífilis Gestacional (SG) por meio de exames de rastreio durante o pré-natal na grávida infectada que, se não tratada, provoca a sífilis congênita. Apesar de sua magnitude e notificação compulsória no Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN), sua baixa notificação torna o conhecimento de seu perfil epidemiológico extremamente relevante. Objetivo: analisar o perfil epidemiológico de Sífilis Gestacional em Maceió (Alagoas), no período de 2011 a julho de 2019, comparando-o com os dados nacionais e do Nordeste. Método: estudo descritivo, observacional, feito pelo levantamento de dados do SINAN disponível no Departamento de Informática do SUS/DATASUS. Os dados foram analisados segundo as seguintes variáveis: sexo, idade e período trimestral gestacional. Resultados: entre 2011 e junho de 2019, foram notificados 286.944 casos de SG no Brasil, 58.293 no Nordeste, 3.403 em Alagoas e 1.243 no município de Maceió (36,5% dos casos de Alagoas). No Brasil, o número de casos de 2011 a 2018 apresentou uma taxa de crescimento de 355,33%. Os dados nacionais e regionais mostram o 3° trimestre gestacional com maior prevalência de SG, excetuando Maceió, que teve o 2° trimestre como mais prevalente e o 1° trimestre com uma maior taxa de crescimento. Conclusão: a SG ainda é um desafio. O pré-natal incompleto e o não tratamento dos parceiros são imensos obstáculos na prevenção e no controle da doença. Identifica-se a necessidade de ações mais eficazes para o controle da sífilis, utilizando-se a educação em saúde como ferramenta na prevenção, transmissão, tratamento e riscos para gestantes/neonatos, além de incentivar a proteção feminina durante todo o ciclo reprodutivo.

 

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Referências

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Publicado

2021-03-28

Como Citar

Cunha, M. C. de S. L., Monteiro, L. N., Neiva, G. S., Gonçalves, M. N., Malta, V. F., & Silva, P. H. (2021). Análise Comparativa da incidência de Sífilis Gestacional em Maceió-AL. Revista Portal: Saúde E Sociedade, 5(3), 1497–1503. https://doi.org/10.28998/rpss.v5i3.11829

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL