O ritmo do encantamento entre os indígenas do Alto Sertão de Alagoas segundo a Antropologia do Gesto de Marcel Jousse
DOI:
https://doi.org/10.28998/rm.2022.n.11.12586Palavras-chave:
Antropologia do Gesto, Indígenas do Sertão, Cosmologia, RitmoResumo
Neste trabalho busco apresentar alguns pontos da teoria de Marcel Jousse, em diálogo com o que compreendo pelo processo de encantamento entre os indígenas do Alto Sertão alagoano, Jiripankó, Kalankó, Katokinn, Karuazú e Koiupanká, não se tratando apenas de aspectos cosmológicos e sim suas implicações na materialidade. Com isso observamos a cosmologia em sentido ritual e a interação e organização coletiva por meio do que compreendo enquanto gesto e ritmo na teoria de Marcel Jousse. Para chegar nesse entendimento busquei utilizar a concepção do ritual enquanto forma de facilitar e viabilizar a vida, a partir de uma tríade que compõem o Praiá, os seres encantados dos Pankararu (tronco) e sua/s descendência/s (rama/s). Dessa forma, em acordo com Jousse vejo no gesto a motivação de produção e continuidade de existências desses povos, um gesto indígena e sertanejo. Esse é estudo etnográfico, da minha estadia entre esses povos onde também são utilizados transcrições de exposições orais de Jousse, também as reflexões acerca deste autor realizadas nos seminários “La vida de los Gestos” na Universidad Nacional Autônoma de México-UNAM.
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Referências
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