Migração e política: estratégias coletivas dos índios de Cimbres (Pernambuco, 1820-1830).

Autores

  • Mariana Albuquerque Dantas UFRPE

DOI:

https://doi.org/10.28998/rm.2020.n.8.9446

Palavras-chave:

Indígenas de Cimbres, estratégias, aldeamento, Brasil imperial

Resumo

O presente artigo tem o objetivo de analisar as estratégias articuladas pelos indígenas de Cimbres, Pernambuco, durante as décadas de 1820 e 1830, para manter as terras coletivas de seu aldeamento e para defender a melhor forma de administrá-las. Escreveram petições, participaram ativamente da política e, nos momentos de violência aguda, migravam para uma localidade específica de Alagoas. Conseguiram, dessa forma, organizar-se e ver alguns de seus pleitos atendidos. Pretende-se, assim, compreender os fluxos e caminhos trilhados pelos indígenas de Cimbres para a reelaboração de sua identidade, bem como propor uma perspectiva sobre a História do Brasil imperial que leve em consideração diferentes sujeitos históricos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. Os índios na História do Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010.

BARBALHO, Nelson. Cronologia Pernambucana: subsídios para a história do agreste e do sertão. Volumes 11 ao 14. Recife: Centro de Estudos de História Municipal/ FIAM, 1983-1984.

BEJAMIN, Walter. O anjo da história. Organização e tradução de João Barrento. 2ª. Ed, 1ª. Reimp. Belo Horizonte: Autêntica editora, 2016.

BERNARDES, Denis. “Pernambuco e o Império (1822-1824): sem constituição soberana não há união”. In: JANCSÓ, Istvan (org.). Brasil: formação do Estado e da Nação. São Paulo: Hucitec; Ed. Unijuí, Fapesp. 2003, pp. 219-250.

CARVALHO, Marcus J. M. de. “Os índios de Pernambuco no ciclo das insurreições liberais, 1817/1848: ideologias e resistência”. Revista da Sociedade Brasileira de Pesquisa Histórica. No 111, 1996, pp. 51-69.

COSTA, F. A. Pereira da. Anais Pernambucanos. Versão em CD encarte de Folk-lore pernambucano: subsídios para a História da poesia popular em Pernambuco. Recife: CEPE, 2004.

LEVI, Giovanni. A herança imaterial: trajetória de um exorcista no Piemonte do século XVII. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.

MEDEIROS, Ricardo Pinto de. “Política indigenista do período pombalino e seus reflexos nas capitanias do norte da América portuguesa”. OLIVEIRA, João Pacheco de. (org.). A presença indígena no Nordeste: processos de territorialização, modos de reconhecimento e regimes de memória. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2011, pp. 115-144.

NEVES, Lúcia Maria Bastos Pereira das. “Estado e política na independência”. In: GRINBERG, Keila. SALLE, Ricardo. O Brasil Imperial, volume 1: 1808-1831. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009, pp. 95-136.

OLIVEIRA, João Pacheco de. (org.). O Nascimento do Brasil e outros ensaios: “pacificação”, regime tutelar e formação de alteridades. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2016

PEIXOTO, José Adelson Lopes. Memórias e imagens em confronto: os Xukuru-kariri nos acervos de Luiz Torres e Lenoir Tibiriçá. Dissetração de nestrado em Antropologia, 2013. UFPB.

REVEL, Jacques. Jogos de escala: a experiência da microanálise. Rio de Janeiro: Editora da FGV, 1998.

SAMPAIO, Patrícia. “Política indigenista no Brasil imperial”. In: GRINBERG, Keila. SALLES, Ricardo (orgs.). O Brasil Imperial, volume I: 1808-1831. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009, pp. 175-206.

WEBER, Marx. “Relações comunitárias étnicas”. In: Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 2009, pp. 267-277.

Downloads

Publicado

2020-10-21

Edição

Seção

Processos identitários, territórios e tradições de conhecimento