Resenha: O isolamento e os impasses dos processos representacionais em Maceió.

Autores/as

  • Luíz Fernando Barbosa Gomes Magalhães PPGS/UFPE

DOI:

https://doi.org/10.28998/rm.2020.n.8.9176

Palabras clave:

Representações sociais, Cultura alagoana, Produção cultural, Cultura do isolamento, Maceió.

Resumen

Em “Solitários no paraíso”, Rachel Barros desvela a teia de processos que se organizam ao redor da ideia isolamento, um comportamento identificado como causador de um mal-estar reiterado, presente nos discursos do ambiente cultural maceioense. Este é operacionalizado a partir de relações nomeadas como de “alheamento”, “exterioridade” e “generalidade”, elementos que instituem a base social da cognição e orientam as formas de expressão cultural na cidade. Esta construção é apresentada através de uma formação cultural que se confunde com a estruturação do território de Maceió e de Alagoas. Para elucidar os caminhos que se entrecruzaram nesta configuração, são mobilizados um múltiplo conjunto de fontes, convergindo etnografia, dados quantitativos, estudos históricos, geográficos, cartas de viajantes, obras literárias, material publicitário e jornalístico. Esta resenha evidencia os argumentos elaborados pela autora para explicar a dinâmica do isolamento, destacando os impasses que emergem nos processos de definição dos elementos de representação desta cultura.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Luíz Fernando Barbosa Gomes Magalhães, PPGS/UFPE

Doutorando e bolsista CAPES do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco (PPGS/UFPE), mestre em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Alagoas (PPGS/UFAL), graduado em Psicologia (UFAL)

Citas

ALMEIDA, L. S. de. Memorial biográfico de Vicente de Paula, o capitão de todas as matas: guerrilha e sociedade alternativa na mata alagoana. Maceió: Edufal, 2008.

AMORIM, A. N. S. Alagoanidade em questão: Notas para uma sociogênese da moderna tradição de narrativas e narradores da identidade alagoana. Dissertação de mestrado defendida junto ao Programa de Pós-graduação em Sociologia da Universidade Federal de Alagoas. Ano de defesa: 2019.

BARROS, R. R. de A. Solitários no paraíso: produção cultural e expressões de isolamento em Maceió. Maceió: Fapeal: Impressa Oficial Graciliano Ramos, 2018.

BERQUE, A. Cinco proposições para uma teoria da paisagem. Paris: Editora Champ, 1994.

BOURDIEU, P. Esboço de uma teoria da prática: precedido de três estudos de etnologia cabila. Oieiras: Celta, 2002.

COSTA, A.C. L. Maceíó Medúsica: Uma interpretação histórica das imagens da diáspora de intelectuais alagoanos na literatura – 1930/40. Maceió: Edufal, 2015.

ELIAS, N. Os alemães: a luta pelo poder e a formação do habitus nos séculos XIX e XX. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1997

LIMA, A. Luzes para uma face no escuro: a emergência de uma rede de valorização da expressividade afroalagoana. Dissertação de mestrado defendida junto ao Programa de Pós-graduação em Sociologia da Universidade Federal de Alagoas. Ano de defesa: 2015.

LINDOSO, Dirceu. A utopia armada: rebeliões de pobres nas matas do tombo real (1832-1850). Maceió: Edufal, 2005.

MAGALHÃES, L. F. B. G. Políticas culturais e políticas de identidade em Alagoas: governo Ronaldo Lessa (1999-2006) e governo Teotônio Vilela (2007-2014). Dissertação de mestrado defendida junto ao Programa de Pós-graduação em Sociologia da Universidade Federal de Alagoas. Ano da defesa: 2016.

POUTIGNAT, P. STREIFF-FERNART. Teorias da etnicidade. São Paulo: Unesp, 1997.

Publicado

2020-10-21