INFERNO: A PALAVRA METAFORIZADA EM "INFÂNCIA" E "VIDAS SECAS", DE GRACILIANO RAMOS

Resumo

O presente artigo está baseado em uma pesquisa acerca da linguagem metafórica da palavra “inferno” nas obras de Graciliano Ramos, “Infância” e “Vidas secas” (“Childhood” and “Barren Lives”, in English, respectively), analisando o estilo graciliânico de explorar o processo literário a partir da metaforizarão da palavra artística. A pesquisa se justifica por analisar a linguagem literária e tomá-la como expressão de significação, de sentido, para as relações entre ambiente, narrador e personagens. Dessa forma, pretende-se perceber o valor semântico e estilístico do termo e tomá-lo como referência para a construção estética, em que o narrador de Graciliano se apropria para construir nas duas obras uma imagem metaforizada e poética da palavra, determinando a ela valor e sentido artístico-literário. Assim, a metodologia busca atrelar-se às discussões sobre a linguagem graciliânica e às imposições do narrador heterodiegético e dominador da linguagem artística. Logo, tomando a pesquisa de cunho bibliográfico, qualitativa, busca-se traçar um estudo sobre a metáfora graciliânica a partir de seu estilo literário, baseando-se nos estudos teóricos de Bosi (2006), Bueno (2006), Black (2020), Candido (2006), Moisés (2004) e Ramos (1995; 2014).

Palavras-chaves: Literatura; Conto; Narrativa; Inferno. Graciliano Ramos.