Linguística Aplicada: um olhar necessário para o uso do “gênero neutro” em Língua Portuguesa

Autores

  • Maria Elizabete do Nascimento Barboza Universidade Federal de Alagoas - Campus do Sertão

Resumo

Este texto expõe variados argumentos voltados para a polêmica envolvendo os usos linguísticos inclusivos do “gênero neutro”, reivindicados por pessoas trans não binárias como uma maneira de reconhecimento da existência, respeito e representação através da língua. Busca entender como esses discursos são abordados pelos sujeitos e quais ideologias linguísticas são responsáveis por sustentá-los. Propõe, então, o reconhecimento de quais são os argumentos contra e a favor do uso do “gênero neutro”, tendo em vista a necessidade de perceber posicionamentos mais profundos do que aquele que está apenas posto na superfície do discurso. A observação das práticas reais dos argumentos para problematização da polêmica sobre “gênero neutro” é realizada através de exemplos de discursos orais e escritos, advindos das plataformas digitais: Youtube e Instagram. Ao longo da análise, foi possível perceber que há pontos semelhantes entre as discussões observadas e importantes para entender melhor o assunto. A reflexão sobre a polêmica que permeia o uso do “gênero neutro” está baseada na perspectiva dos estudos na área da Linguística Aplicada, especificamente pelo que o linguista aplicado Luiz Paulo da Moita Lopes entende ser essa área de estudo, que é por uma noção indisciplinar. Utilizo também contribuições de Marcos Bagno, com seu livro “Objeto língua”. Os estudos esclareceram crenças ideológicas presas no paradigma de identidade de gênero, imposta pela “sociedade” como a única possibilidade válida, a binariedade de gênero. Mas, vimos que não é bem assim, pois existem múltiplas outras possibilidades identitária em contínua (re)construção.

Palavras-chave: Polêmica. Gênero neutro. Linguística Aplicada.

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Publicado

2025-02-18