CENÁRIO DA CONSERVAÇÃO E DA DEGRADAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA DO SEALBA: UMA EXPOSIÇÃO NECESSÁRIA
DOI:
https://doi.org/10.28998/contegeo.10i.23.17721Keywords:
Antropização, Desmatamento, Monocultura AgrícolaAbstract
A Mata Atlântica é um importante hotspot global que abriga uma riqueza biodiversa ameaçada pela ação antrópica e pela histórica superexploração dos recursos naturais das áreas em que esteve presente. Neste trabalho, objetivou-se demonstrar a riqueza da biodiversidade da Mata Atlântica na área composta pelos estados de Sergipe, Alagoas e Bahia, ressaltando não apenas a importância e a fragilidade imposta à Mata Atlântica como também os contínuos achados científicos realizados pelos cientistas. A metodologia compreendeu a coleta de dados secundários publicados em artigos científicos com acesso aberto e sua análise objetiva e contextualizada. Os resultados demonstraram que apenas a existência da legislação e de áreas de preservação não são suficientes para a preservação e conservação da Mata Atlântica, ainda agredida pela expansão urbana, pelo desmatamento e pelo monocultivo agrícola. Concluiu-se que a manutenção histórica da superexploração da Mata Atlântica ainda não foi capaz de cessar, por completo, a regeneração e a continuidade das espécies. Mas, como se pode inferir, essa superexploração não se justifica em nenhum campo social e ambiental e afeta a si e aos animais humanos à medida que se mantém e se expande.
Downloads
References
ANDRADE, M. F. B.; SANTIAGO, A. C. P.; OLIVEIRA, M. I. U. de. Avanços no conhecimento da flora de Sergipe: : as samambaias de um fragmento no Refúgio da Vida Silvestre Mata do Junco. Heringeriana, v. 16, n. 1, p. e917972, 2022.
ALVES, M.; et al. Levantamento florístico de um remanescente de Mata Atlântica no litoral norte do Estado da Bahia, Brasil. Hoehnea, v. 42, p. 581-595, 2015.
ALVES, V. da P.; DINIZ, M. B. Reducing carbon emissions from avoided deforestation in the Brazilian Amazon: an approach based on the Business-as-Usual (BAU) scenario. Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, v. 11, n. 1, p. 1-22, 2022.
ARAÚJO, K.; SANTOS, J. L.; FABRICANTE, J. R. Epífitas vasculares do Parque Nacional Serra de Itabaiana, Sergipe, Brasil. Biotemas, v. 32, n. 1, p. 21-29, 2019.
BONILLA, J.-A. Z. Debilidad institucional y políticas extractivistas en América Latina en el siglo XXI. Análisis de la deforestación y los conflictos medioambientales en Bolivia, Brasil y Colombia. Estudios de Derecho, v. 79, n. 174, 2022.
BÔAS-BASTOS, S. V.; BASTOS, C. J. P. Musgos pleurocárpicos dos fragmentos de Mata Atlântica da Reserva Ecológica da Michelin, município de Igrapiúna, BA, Brasil: II-Hypnales (Bryophyta: Bryopsida). Acta botanica brasílica, v. 23, p. 630-643, 2009.
BRITO, D. de V.; BOCCHIGLIERI, A. Comunidade de morcegos (Mammalia, Chiroptera) no Refúgio de Vida Silvestre Mata do Junco, Sergipe, nordeste do Brasil. Biota Neotropica, v. 12, p. 254-262, 2012.
CARIC, G. S.; et al. Desmatamentos e queimadas no estado do Amapá entre os anos de 2001 e 2019. Confins. Revue franco-brésilienne de géographie/Revista franco-brasilera de geografia, n. 57, 2022.
CARREGOSA, T.; COSTA, S. M. Ampliação da distribuição geográfica de três espécies de Utricularia (Lentibulariaceae) para o bioma Mata Atlântica. Rodriguésia, v. 65, p. 563-565, 2014.
CORRÊA, M. S.; AZEVEDO, C O. O gênero Apenesia (Hymenoptera, Bethylidae) na Mata Atlântica: notas e descrição de sete espécies novas. Revista Brasileira de Entomologia, v. 50, p. 439-449, 2006.
COSTA, S. M.; PRATA, A. P.; ALVES, M. Kyllinga (Cyperaceae) do estado de Sergipe, Brasil. Rodriguésia, v. 63, p. 795-802, 2012.
DUBEUX, M. J. M.; et al. A “hotspot” within a hotspot: the reptiles of the Estação Ecológica and Área de Proteção Ambiental de Murici, Atlantic Forest of northeastern Brazil. Biota Neotropica, v. 22, p. e20221337, 2022.
FILGUEIRAS, B. K. C.; IANNUZZI, L.; VAZ-DE-MELLO, F. Z. First report of Oxysternon silenus Castelnau (Scarabaeidae, Scarabaeinae, Phanaeini) in the Brazilian Atlantic Forest. Revista Brasileira de Entomologia, v. 55, p. 283-284, 2011.
FERNANDES, M. M.; et al. Fragmentação florestal na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Brasil. Ciência Florestal, v. 32, p. 1227-1246, 2022.
FERNANDES, M. M.; et al. Chuva de sementes em dois fragmentos de mata atlântica com diferentes níveis de degradação na Região Nordeste do Brasil. Acta Biológica Catarinense, v. 8, n. 3, p. 83-93, 2021.
GONÇALVES, U.; et al. A refuge between houses and buildings: reptiles in a peri-urban Atlantic Forest fragment in northeastern Brazil. Caldasia, v. 45, n. 1, p. 21-35, 2023.
LANDIM, M. F.; et al. Floristic characterization of an Atlantic Rainforest remnant in Southern Sergipe: Crasto forest. Biota Neotropica, v. 15, p. e20130036, 2015.
LIMA, R. F. de. Mata atlântica: uso, proteção e conservação. Revista de Extensão Trilhas, , v. 3, n. 1, p. 66-76, 2023.
LISBOA, B. S.; et al. Primeiro registro de Pseustes sulphureus (Wagler, 1824)(Serpentes: Colubridae) no Estado de Alagoas, Nordeste do Brasil. Biotemas, v. 22, n. 4, p. 237-240, 2009.
LOPES, R. V. da R; et al. Supressão e fragilidade de remanescentes florestais em uma Unidade de Conservação, na região sul de Alagoas, Brasil. Ciência Florestal, v. 32, p. 1479-1499, 2022.
LOPES-NUNES, Ana Luiza da S; et al. Balance between biomass supply and demand in the red ceramics sector of Rio Grande do Norte, Brazil. Floresta, v. 52, n. 2, p. 284-293, 2022.
MEIRA, A. C. S.; et al. Estimativas de biomassa e carbono em área de mata atlântica, implantada por meio de reflorestamento misto. BIOFIX Scientific Journal, v. 5, n. 1, 2020.
MOREIRA, D. M.; et al. Floristic survey in an Atlantic Forest remnant in the Recôncavo da Bahia, Bahia State, Brazil. Hoehnea, v. 47, p. e572019, 2020.
MOURA, D. M. de O.; GOMES, L. J.; FERNANDES, M. M. Desmatamento e valoração ambiental da mangabeira (Hancornia speciosa Gomes) no estado de Sergipe, Brasil. Revista de Ciências Agroveterinárias, v. 21, n. 1, p. 47–55, 2022.
OLIVEIRA, A. N. S.; NASCIMENTO, M. A. D. do. Alterações espaciais na cobertura vegetal nativa na Resec de Roteiro e seu entorno entre os anos de 2004 e 2017. Revista Contexto Geográfico, v. 3, n. 5, p. 57–66, 2019. DOI: 10.28998/contegeo.3i5.6762.
OLIVEIRA, E. V. da S.; et al. Floristic survey of the Mata do Junco Wildlife Refuge, Capela, Sergipe State, Brazil. Hoehnea, v. 43, p. 645-667, 2016.
OLIVEIRA, E. V. da S.; et al. Composição Florística e Aspectos Fitogeográficos de uma Área de Restinga em Santo Amaro das Brotas, SE. Revista Brasileira de Geografia Física, v. 16, n. 3, p. 1511-1530, 2023.
OLIVEIRA, M. V. N. de; WHITE, B. L. A.; RIBEIRO, G. T. Quantificação do material combustível em fragmento de Mata Atlântica no nordeste brasileiro. Pesquisa Florestal Brasileira, v. 38, 2018.
PALOMO, K. Vulnerabilidade da Mata Atlântica no Sul da Bahia frente à Expansão da Fronteira Econômica. Fronteiras: Journal of Social, Technological and Environmental Science, v. 4, n. 2, p. 70-82, 2015.
PIMENTA, K. M.; DÓREA, M. da C.; OLIVEIRA, R. P. de. Panicoideae (Poaceae) em remanescentes florestais do sul da Bahia: aspectos taxonômicos e ecológicos. Rodriguésia, v. 63, p. 933-955, 2012.
PEREIRA, M. do S.; BARBOSA, M. R. de V. Uma nova espécie de Coussarea Aubl.(Rubiaceae) para a mata Atlântica no estado da Bahia, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v. 23, p. 549-551, 2009.
RAPINI, A.; FARINACCIO, M. A. Oxypetalum laciniatum, uma espécie nova de Asclepiadoideae (Apocynaceae) do sul da Bahia, Brasil. Rodriguésia, v. 61, p. 17-20, 2010.
REIS, Y. T.; CANCELLO, E. M. Riqueza de cupins (Insecta, Isoptera) em áreas de Mata Atlântica primária e secundária do sudeste da Bahia. Iheringia. Série Zoologia, v. 97, p. 229-234, 2007.
RESENDE, A. F.; et al. How to enhance Atlantic Forest protection? Dealing with the shortcomings of successional stages classification. Perspectives in Ecology and Conservation, 2024.
ROCHA, S. J. S. S. da; et al. Machine learning methods: Modeling net growth in the Atlantic Forest of Brazil. Ecological Informatics, v. 81, p. 102564, 2024.
ROCHA, P. A.; da et al. Morcegos (Mammalia, Chiroptera) capturados no Campus da Universidade Federal de Sergipe, com oito novos registros para o estado. Biota Neotropica, v. 10, p. 183-188, 2010.
ROSA NETO, J. L.; LOPES, U. G. C.; MOURA, F. B. P. Effects of soil, altitude, rainfall, and distance on the floristic similarity of Atlantic Forest fragments in the east-Northeast. Biotemas, v. 26, n. 3, p. 91-98, 2013.
SILVA, M. do S. F. da; ANUNCIAÇÃO, V.; ARAÚJO, H. M. de. Os múltiplos usos do território, os impactos socioambientais e as relações conflitivas que permeiam a gestão ambiental na APA do Morro do Urubu em Aracaju, Sergipe, Brasil. Confins. Revue franco-brésilienne de géographie/Revista franco-brasilera de geografia, n. 57, 2022.
SILVEIRA, J. G. da; et al. Land use, land cover change and sustainable intensification of agriculture and livestock in the Amazon and the atlantic forest in Brazil. Sustainability, v. 14, n. 5, p. 2563, 2022.
SANTANA JÚNIOR, J. A.; SILVA, E. J. da; OLIVEIRA, E. V. da S.; PRATA, A. P. do N. Florística do Entorno de Cavernas em Remanescentes de Mata Atlântica e Caatinga de Sergipe. Revista Brasileira de Geografia Física, v. 11, n. 1, p. 192-205, 2018.
SANTOS, A. L. C.; CARVALHO, C. M. de; CARVALHO, T. M. de . Importância de remanescentes florestais para conservação da biodiversidade: Estudo de caso na Mata Atlântica em Sergipe através de sensoriamento remoto. Revista Geográfica Acadêmica, v. 7, n. 2, p. 58-84, 2013.
VALENTE, E. de B.; PÔRTO, K. C. Novas ocorrências de hepáticas (Marchantiophyta) para o Estado da Bahia, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v. 20, p. 195-201, 2006.
VERÇOSA, J. P. do S.; et al. Análise e Cobertura Florestal no Bioma Mata Atlântica do Estado de Alagoas utilizando Sensoriamento Remoto. Diversitas Journal, v. 8, n. 1, 2023.
WHITE, B. L. A.; SILVA, M. F. A. Variações microclimáticas e perigo de ocorrência de incêndios florestais em fragmentos de Mata Atlântica no município de São Cristovão, Sergipe. Nativa, v. 6, p. 729-736, 2018.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.
Os Autores dos trabalhos aceitos para publicação na revista CONTEXTO GEOGRÁFICO devem concordar com os termos a seguir: a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional; b) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online;e c) Considerando que o acesso a revista é público, os artigos publicados são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.