AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DO VALOR EDUCATIVO DA GEODIVERSIDADE DO MUNICÍPIO DE MACEIÓ, ALAGOAS

Autores/as

  • Thiago Cavalcante Lins Silva Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Bruno Ferreira Universidade Federal de Alagoas
  • Marco Túlio Mendonça Diniz Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Anderson Lucas Leopoldino da Silva Universidade Federal de Alagoas

DOI:

https://doi.org/10.28998/contegeo.7i15.14546

Palabras clave:

Paisagem, Diversidade Abiótica, Educação

Resumen

A Paisagem, entendida como conceito chave para entendimento dos sistemas físicos, é discussão corriqueira na Geografia Física, impulsionada sobretudo pela necessidade da compreensão da sua porção abiótica, a qual, nas últimas décadas passou a ser objeto de diversos debates, fazendo assim emergir a partir do início do século XXI um leque cada vez mais amplo de estudos sobre a Geodiversidade. Dentre as suas especificidades, seu caráter multidisciplinar e integrador torna a mesma atrativa como instrumento de ensino, permitindo a compreensão da complexidade abiótica inerente às paisagens, o que a torna ferramenta bastante útil na discussão de conceitos como o de natureza e meio ambiente. Pensando nisso, o presente estudo buscou avaliar o potencial educativo da Geodiversidade do Município de Maceió, utilizando para isso avaliações semiquantitativas ponderadas, em localidades já catalogadas como Geossítios e Sítios de Geodiversidade. Desse modo, foi possível identificar os valores educativos diversos ao longo da área, com diversidade de sítios cerca de 60% apresentando valor educativo, os mesmos estão concentrados em áreas dotadas de infraestrutura para a recepção de pessoas, oferecendo múltiplas possibilidades de fazeres e abordagens no ensino. Os resultados obtidos podem fornecer informações para o estabelecimento de estratégias de ensino que podem ser desenvolvidas pelas secretarias de educação nas esferas Municipal e Estadual.

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Biografía del autor/a

Bruno Ferreira, Universidade Federal de Alagoas

Professor do Magistério Superior, Dr. em Geociências pela Universidade Federal de Pernambuco. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase para a Geografia Física e Geografia Física Aplicada.

Marco Túlio Mendonça Diniz, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Possui graduação em Licenciatura Plena em Geografia pela Universidade Estadual do Ceará (2005), Mestrado (2008) e Doutorado (2013) em Geografia pela mesma universidade. Realizou Pós-Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Sergipe (2018). Atualmente é Professor Associado da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq, editor chefe da Revista de Geociências do Nordeste e pesquisador dos Grupo de Pesquisa: Geoprocessamento e Geografia Física - LAGGEF/UFRN (líder); Gestão Integrada da Zona Costeira - LAGIZC, CNPq/UECE; GEOPLAN - Geoecologia e Planejamento Territorial - CNPq/UFS; MADES - MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÃ?VEL - CNPq/IFPI; e GENAT - Grupo de Pesquisa em Gerenciamento dos Riscos e Desastres Naturais, CNPq/UFRN. Foi premiado Pesquisador Destaque da UFRN - Edição 2020 na área de Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes. Membro do Comitê interno do PIBIC/CNPq/UFRN e do Comitê Externo do PIBIC/CNPq/UFPI. Parecerista Externo do Sistema de Bolsas da UECE. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Física, atuando principalmente nos seguintes temas: Geografia Costeira, Paisagem Integrada e Patrimônio Geomorfológico.

Anderson Lucas Leopoldino da Silva, Universidade Federal de Alagoas

Acadêmico em Geografia - Bacharelado pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL); Colaborador no Laboratório de Geologia (LabGeo) do Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente (IGDEMA) - UFAL; Membro do Núcleo de Estudos do Quaternário do Nordeste do Brasil - NEQUAT

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Publicado

2023-01-13

Cómo citar

Silva, T. C. L., Ferreira, B., Diniz, M. T. M., & Silva, A. L. L. da . (2023). AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DO VALOR EDUCATIVO DA GEODIVERSIDADE DO MUNICÍPIO DE MACEIÓ, ALAGOAS. Revista Contexto Geográfico, 7(15), 60–72. https://doi.org/10.28998/contegeo.7i15.14546