DESENHO E DINÂMICA INTRAURBANA DE UMA VILA NO RECÔNCAVO BAIANO SETECENTISTA À LUZ DA CARTOGRAFIA/ICONOGRAFIA HISTÓRICA
DOI:
https://doi.org/10.28998/contegeo.9i.19.17388Palabras clave:
Vila de Cachoeira, Século XVIII, Morfologia urbana, Cartografia histórica, Recôncavo baiano no BrasilResumen
Este artigo analisa a dinâmica intraurbana da vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira, erigida em 1698, no Recôncavo baiano. À luz de pesquisa documental e secundária, apresenta a rede urbana regional e destaca a principal nodalidade interior. O texto avalia a morfologia urbana a partir da iconografia feita pelo Juiz de Fora, Joaquim de Amorim Castro, no ano de 1792. Objetiva destacar as principais unidades construídas e estabelecer linhas de análise sobre a dinâmica territorial no interior da vila e dela com a sua região. O artigo traz como resultados a apresentação dos elementos constitutivos da sede da vila de Cachoeira e os tênues os limites e intensas ligações entre as pequenas sedes das vilas (formações urbanas) e o imenso espaço rural mais populoso, produtivo e onde se encontrava disperso o poder econômico e político da região. Conclui que a formação urbana não era apenas a sede da vila em si, mas ela e os liames, materiais ou não, que a entrelaçavam com o espaço povoado/produtivo contíguo. As decisões ali tomadas se propagavam pelo território da vila fazendo com que a extensão simbólica, política e administrativa fosse para além da base material da sua sede.
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Citas
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