GEOGRAFIAS QUE OUSAM DIZER NOSSOS AMORES: MUITO ALÉM DE GÊNERO E SEXUALIDADES

Auteurs-es

  • Victor Dantas Siqueira Pequeno Universidade Federal de Santa Maria

DOI :

https://doi.org/10.28998/contegeo.10i.23.18258

Mots-clés :

Geografias Feministas, Teorias Queer, Corpo, Epistemologia Geográfica

Résumé

O presente texto consiste num ato celebrativo para com os estudos de gênero e sexualidades na Geografia. Trata-se de um exercício teórico, exploratório (Gil, 2002) fundamentado metodologicamente na atitude inventiva do relatar a si mesmo (Butler, 2015) e dos afetos enquanto práticas feministas (hooks, 2020). Tomo emprestado quatro textos da geógrafa brasileira Joseli Silva e traço um percurso na intenção de mostrar as contribuições e renovações conceituais para com a comunidade geográfica brasileira e internacional. Argumento e defendo que a trajetória acadêmica de Joseli Silva resultou no reconhecimento de gênero e das sexualidades enquanto categorias de análise geográfica e as feminilidades, masculinidades e travestilidades enquanto experiências de vida que constroem o espaço geográfico. 

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Biographie de l'auteur-e

Victor Dantas Siqueira Pequeno, Universidade Federal de Santa Maria

Mestrando em Geografia na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Licenciado em Geografia pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/UUCG) com período sanduíche na Facultad de Geografía da Universidad de La Habana. Membro do Grupo de Pesquisa em Tecnologia, Território e Redes (GTTER) - UEMS/CNPq e pesquisador no Laboratório de Espacialidades Urbanas (LabEU/UFSM).

Références

BOIVIN, R. R. La noción de visibilidade en la Investigación de las Geografías de las Minorias Sexuales. Revista Latino-americana de Geografia e Gênero, Ponta Grossa, v. 8, n. 2, p. 284-315, 2017.

BORGHI, R. O espaço à época queer: contaminações queer na Geografia francesa. Revista Latino-americana de Geografia e Gênero, Ponta Grossa, v. 6, n. 2, p. 133-146, 2015.

BROWN, G. Pensando além da homonormatividade: Explorações performativas de economias gays diversificadas. Revista Latino-americana de Geografia e Gênero, Ponta Grossa, v. 4, n. 1, p. 125-138, 2013.

BUTLER, J. Problemas de Gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução: Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

_________. Relatar a si mesmo: crítica da violência ética. Tradução: Rogério Bettoni. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015.

CAMPOS, M. P. de; SILVA, J. M. ‘Teu corpo é o espaço mais teu possível’: Construindo a análise do corpo como espaço geográfico. Revista da ANPEGE, Dourados, v. 16, n. 31, p. 101-114, 2021.

COSTA, B. P. Espaço social, cultura e território: o processo de microterritorialização homoerótica. Espaço e Cultura, Rio de Janeiro, n. 27, p. 25-37, 2010.

____________. As geografias das constituições dos devires-expressivos das pessoas como diferenças: perspectivas da análise nas pesquisas em microterritorialidades. Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n. 42, v. 2, p. 90-114, 2020.

CRENSHAW, K. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 10, n. 1, p. 171–188, jan. 2002.

ESCOUTO, C. M.; TONINI, I. M. A geografia ainda está no armário? Silêncios e naturalização no espaço escolar. Revista da ANPEGE, Dourados, v. 17, n. 32, p. 409–428, 2021.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.

HARAWAY, D. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, Campinas, n. 5, p. 7–41, 1995.

HOLLAND-MUTER, S. Constructions of home: the politics of lesbian world making in Cape Town. Revista Latino-americana de Geografia e Gênero, Ponta Grossa, v. 9, n. 2, 2018.

hooks, b. Teoria feminista: Da margem ao centro. Tradução: Rainer Patriota. São Paulo: Perspectiva, 2019.

_______. O feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras. Tradução: Bhuvi Libanio. 14 ed. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2020.

LOURO, G. L. Teoria Queer: uma política pós-identitária para a educação. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 9, n. 2, p. 541-553, 2001.

____________. Os Estudos Queer e a Educação no Brasil: articulações, tensões, resistências. Contemporânea – Revista de Sociologia da UFSCar, São Carlos, v. 2, n. 2, p. 363-369, 2012.

MISKOLCI, R. A Teoria Queer e a Sociologia: o desafio de uma analítica da normalização. Sociologias, Porto Alegre, n. 21, 2009.

____________. Estranhando as Ciências Sociais: notas introdutórias sobre a teoria queer. Revista Florestan, São Carlos, v. 1, n. 2, p. 8-25, 2014.

ORNAT, M. J. Sobre espaço e gênero, sexualidade e Geografia feminista. Terr@ Plural, Ponta Grossa, v. 2, n. 2, p. 309-322, 2008.-

__________. Do território instituído ao território instituinte do ser travesti: algumas reflexões teóricas e metodológicas. Espaço e Cultura, Rio de Janeiro, n. 27, p. 75-88, 2010.

PELÚCIO, L. Breve história afetiva de uma teoria deslocada. Revista Florestan, São Carlos, v. 1, n. 2, p. 26-45, 2014.

___________. Traduções e torções ou o que se quer dizer quando dizemos queer no Brasil? Revista Periódicus, Salvador, v. 1, n. 1, 2014.

ROSE, G. Feminism & Geography: The limits of Geographical Knowledge. Cambridge: Polity Press, 1993.

SÁNCHEZ, G. M. La piñera nos contaminó el agua: Mujer, trabajo y vida cotidiana en comunidades afectadas por la expansión piñera en Costa Rica. Revista Latino-americana de Geografia e Gênero, Ponta Grossa, v. 10, n. 2, 2019.

SEDGWICK, E. K.. A epistemologia do armário. Cadernos Pagu, Campinas, n. 28, p. 19–54, 2007.

SILVA, J. M. Um ensaio sobre as potencialidades do uso do conceito de gênero na análise geográfica. Revista de História Regional, Ponta Grossa, v. 8, n. 1, p. 31-45, 2003.

__________. Gênero e sexualidade na análise do espaço urbano. Geosul, Florianópolis, v. 22, n. 44, p. 117-134, 2007.

__________. A cidade dos corpos transgressores da heteronormatividade. Geo UERJ, Rio de Janeiro, v. 1, n. 18, p. 1-17, 2008.

__________. Geografias subversivas: discursos sobre espaço, gênero e sexualidades. Ponta Grossa: Todapalavra, 2009.

__________. Geografias feministas, sexualidades e corporalidades: desafios às práticas investigativas da ciência geográfica. Espaço e Cultura, Rio de Janeiro, n. 27, p. 39-55, 2010.

__________. ‘Relatos de si’: Eu, a Geografia e o indizível no campo científico. Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n. 42, v. 2, p. 173-189, 2020.

SILVA, S. M. V. da. Geografia e Gênero/Geografia feminista: O que é isto? Boletim Gaúcho de Geografia, v. 23, n. 1, p. 105-110, 1998.

SILVA, J. M.; ORNAT, M. J. (Org.); CHIMIN JUNIOR, A. B. (Orgs.). Espaço, gênero e masculinidades plurais. Ponta Grossa: Todapalavra, 2011.

________________________________________________________. Geografias Malditas: corpos, sexualidades e espaços. Ponta Grossa: Todapalavra, 2013.

________________________________________________________. Geografias feministas e das sexualidades: encontros e diferenças. Ponta Grossa: Todapalavra, 2016.

ZANELLA, A. V. Perguntar, registrar, escrever: Inquietações metodológicas. Porto Alegre: Editora Sulina; UFRGS Editora, 2013.

Téléchargements

Publié-e

2025-02-14

Comment citer

Dantas Siqueira Pequeno, V. (2025). GEOGRAFIAS QUE OUSAM DIZER NOSSOS AMORES: MUITO ALÉM DE GÊNERO E SEXUALIDADES. Revista Contexto Geográfico, 10(23), e102318258. https://doi.org/10.28998/contegeo.10i.23.18258