Proposta de tecnologias Ecológicas de Saneamento Básico na Comunidade de Mapiraí de Baixo – Cametá/PA
Palavras-chave:
Permacultura, Tecnologias Ecológicas.Resumo
É preocupante o grande número de patologias que acometem às crianças brasileiras, principalmente na região Norte. Cerca de 59% da população urbana não tem acesso a condições mínimas de saúde e há precariedade no saneamento básico. Isso nos mostra a relevância de ações básicas de saneamento que é de fundamental importância para a garantia da qualidade de vida da população. Partindo desse pressuposto, uma alternativa para tratamento de dejetos humanos é o saneamento ecológico, um tratamento de baixo custo, que pode ser construído pelos próprios moradores locais, podendo ainda servir de adubo orgânico. O presente estudo teve como objetivo divulgar técnicas de saneamento básico através da permacultura e incentivar a construção desses sistemas ecológicos na Ilha Mapiraí de Baixo, interior de Cametá/PA. Para isso, foi primeiramente aplicado questionários com 61 famílias para conhecer os tipos de tratamento dos dejetos utilizados pelos comunitários. Um curso sobre as tecnologias de saneamento ecológico foi ofertado em uma escola pública no local de estudo para alunos e professores do ensino fundamental II. Observou-se que cerca de 80% das famílias entrevistadas possuem banheiro a céu aberto, e aproximadamente 20% possuem fossa séptica convencional, em que esta não realiza nenhum tipo de tratamento com os resíduos sólidos, apenas os leva para o lençol freático, contaminando dessa forma o solo e água subterrânea. No curso foram construídas maquetes para representação dos banheiros ecológicos e utilizada uma cartilha explicativa com assuntos relacionados às consequências dos sistemas de saneamento utilizados pelas famílias do local, bem como as alternativas ecológicas de tratamento dos dejetos humanos (bacia de evapotranspiração-BET e banheiro seco). Conclui-se que o banheiro ecológico mais adequado para a localidade de estudo é o banheiro seco, devido ser uma área ribeirinha, exigindo que o banheiro seja suspenso (palafita), sem contato com as inundações diárias do rio.
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Referências
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