Aridez social, desertificação subjetiva:
a síndrome da autoexclusão e as consequências psíquicas e psicopatológicas da extrema precariedade social no contexto francês
Resumo
As sociedades liberais contemporâneas tendem para a desconstrução dos modelos de solidariedade coletivos com a valorização crescente de uma sociedade de indivíduos que tentam garantir sua própria proteção. Tal contexto expõe os indivíduos ao risco de se encontrarem em situação de grande precariedade, pois estes possuem menos recursos em caso de crise. O sentimento de insegurança social que decorre e a falta concreta e simbólica de amparo provocam uma forma de sofrimento psíquico específico e de origem social. Ele foi definido como usura e pode culminar em um “desmoronamento psíquico”, levando a quadros psicopatológicos como o da síndrome de autoexclusão. Partindo de uma defesa mórbida de tipo depressivo, a autoexclusão termina por desconectar o sujeito de seu meio e de si mesmo, gerando manifestações sintomáticas deficitárias e negativas típicas de esquizofrenias declaradas. Os cuidados relativos a essa síndrome devem se concentrar sobre a recuperação da confiança no laço social.
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