Apontamentos para uma hermenêutica do envelhecimento em Sôbolos rios que vão, de António Lobo Antunes
Resumo
O presente estudo visa analisar o fenómeno do envelhecimento, no cruzamento dos discursos filosófico e literário. Partindo do pressuposto hermenêutico de P. Ricoeur segundo o qual a identidade pessoal se esboça narrativamente, procuraremos entrever ecos desta concepção na análise das figuras do envelhecimento na obra de António Lobo Antunes Sôbolos Rios Que Vão (2010). Aí, atentaremos no discurso sobre a doença, no seu duplo corpus físico-objetivo (dor) e simbólico-subjetivo (sofrimento), e como, a partir da sua própria narração, ela poderá ser pensada em termos de concordância discordante dando lugar a uma possível concepção de saúde compreendida como equilíbrio, e já não como plenitude. A proposta é irmanar os fenómenos do envelhecimento, identidade pessoal, corporeidade, doença e saúde enquanto várias faces de uma síntese do heterogéneo.
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