A temporalidade na metafísica e na ciência: uma interpretação bergsoniana
Resumo
Pretendemos apresentar neste artigo um breve estudo sobre o modo como a experiência temporal é apresentada no pensamento do filósofo francês Henri Bergson. Concentraremos nossa abordagem, sobretudo, na primeira obra do autor, a saber, o Ensaio sobre os dados imediatos da consciência. Momento em que a noção de duração aparece por primeiro, sendo contraposta por Bergson às teses da psicologia experimental, ciência que então despontava no final do século XIX com suas pretensões determinísticas de medição da intensidade dos estados mentais. Em complemento à essa discussão travada entre metafísica e ciência, traremos algumas considerações sobre a duração como fluxo qualitativo e imprevisível em detrimento de uma representação espacializada do tempo, levada ao ápice pela teoria da relatividade restrita de Einstein (1905). Para tanto, nos valeremos de algumas teses apresentadas por Bergson em Duração e simultaneidade, obra que completa em 2022 cem anos de sua primeira publicação.
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