Saúde Mental de Crianças e Adolescentes Quilombolas de Alagoas
DOI:
https://doi.org/10.28998/rpss.e02106043Resumo
Objetivo: Avaliar a saúde mental de crianças e adolescentes de uma comunidade quilombola em Alagoas. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, analítico. Usou-se como instrumento o Questionário de Capacidades e Dificuldades (SDQ) em uma amostra de 181 escolares, de ambos os sexos, na faixa etária de 4 a 18 anos residentes em uma comunidade quilombola, em 2018. A coleta de dados foi feita através de entrevistas individuais em reuniões convocadas pela referida instituição. Resultados: Foram pesquisados – Em todas subescalas do SDQ há pelo menos 25% de riscos de desenvolvimento de transtorno mental em crianças e adolescentes. Em relação ao sexo, sintomas emocionais e problemas de comportamento foram mais frequentes entre mulheres. Comparando faixa etária, o resultado que obteve maior impacto foi o relacionado à problema de comportamento em adolescentes. Conclusão: O uso do SDQ permite diagnóstico, apenas de triagem. Os dados podem subsidiar elaboração de estratégias de intervenção na população quilombola.
Downloads
Referências
- Souza MFM, Malta DC, França EB, Barreto ML. Transição da saúde e da doença no Brasil e nas Unidades Federadas durante os 30 anos do Sistema Único de Saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 2018, 23(6), 1737-1750.
-Sampasa-Kanyinga H, Colman I, Goldfield GS, Janssen I, Wang J, Podinic I, Tremblay MS, Saunders TJ, Sampson M, Chaput JP. Combinations of physical activity, sedentary time, and sleep duration and their associations with depressive symptoms and other mental health problems in children and adolescents: a systematic review. Int J Behav Nutr Phys Act. 2020. 5;17(1):72. doi: 10.1186/s12966-020-00976-x. PMID: 32503638; PMCID: PMC7273653.
- Castillo EG, Ijadi-Maghsoodi R, Shadravan S, Moore E, Mensah MO, Docherty M, et al. Community Interventions to Promote Mental Health and Social Equity. Curr Psychiatry Rep. 2019;21(5):35. doi:10.1007/s11920-019-1017-0.
- Duarte CS, Bordin IAS. Instrumentos de avaliação. Brazilian Journal of Psychiatry, 2000, 22(Suppl. 2): 55-58.
- World Health Organization - WHO. Draft comprehensive mental health action plan 2013-2020. Geneve: World Health Organization. 2013 Disponível em: http://www.who.int/mental_health/action_plan_2013/en/. Acesso: 30 de maio de 2018.
- Matsukura TS, Fernandes ADSCA, Cid MFB. Saúde mental infantil em contextos de desvantagem socioeconômica: fatores de risco e proteção. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 2014, 22 (2): 251-262.
- Hildebrand NA, Celeri EHRV, Morcillo AM, Zanolli ML. Resilience and mental health problems in children and adolescents who have been victims of violence. Rev Saude Publica. 2019 Jan 31;53:17. doi: 10.11606/S1518-8787.2019053000391.
- Ferreira HS, Lamenha MLD, Cavalcante JC, Júnior AFSX, Santos AM. Nutrição e saúde das crianças das comunidades remanescentes dos quilombos no Estado de Alagoas, Brasil. Revista Panamericana de Salud Pública , 2011; 30(1), 51-58.
- Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio. (2015). Estudo sobre as comunidades Quilombolas de Alagoas/Alagoas. Maceió. Disponível em : http://www.iteral.al.gov.br/dtpaf/comunidades-quilombolas-de-alagoas/estudocomunidadesquilombolas.pdf. Acesso 19 de jun de 2018.
- Neto CS, Soares E, Coqueiro E. Do Quilombo à Escola: Ancestralidade e Práticas Pedagógicas. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1501
Acesso 14 de maio de 2018.
- Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Política Nacional de Assistência Social. Brasília. 2008. Disponível em: http://www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/arquivo/spi-1/publicacoes/antigas/rel-anual-de-aval/2008/08_ppa_aval_cad17_mds.pdf. Acesso 17 de jun de 2018.
- Goodman R. The Strengths and Difficulties Questionnaire: A research note. Journal of Child Psychology and Psychiatry, 1997; 38, 581-586.
- Woerner W, Fleitlich BB, Martinussen R, Fletcher J., Cucchiaro G, Dalgalarrondo P et al. The strengths and difficulties questionnaire overseas: evaluations and applications of the SDQ beyond Europe. Eur Child Adolesc Psychiatry, 2004; 13, 47–54. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15243786. doi:10.1007/s00787-004-2008-0. Acesso em 10 de maio de 2017.
- Fleitlich B, Cortazar P, Goodman, R. Questionário de Capacidades e Dificuldades (SDQ). Revista Infanto (de Neuropsiquiatria da Infância e da Adolescência), 2000; 8 (sn): 44-50.
- Petresco S, AnselmiL, Santos IS, Barros AJD, Fleitlich Bilyk B, Barro FC et al Prevalence and comorbidity of psychiatric disorders among 6 year old children: 2004 Pelotas Birth Cohort. Social Psychiatry and Psychiatric Epidemiology. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4028510/. Acesso em 10 de jul de 2018.
- Couto MCV, Duarte CS, Delgado PGG. A saúde mental infantil na Saúde Pública brasileira: situação atual e desafios. Rev. Bras. Psiquiatr. 2008; 30(4): 384-389.
- Soares FC, Araújo RS, Chaves ROS. Políticas Públicas de Saúde Mental para Crianças e Adolescentes: a Atuação do Psicólogo. SANARE. Sobral. 2018; 17(2):.74-81.
- Ignachewsk CL, Batista AP, Toni CGS, Pavoski GTT. Capacidades e dificuldades socioemocionais de crianças antes e após a participação no método FRIENDS. Rev. Psicol. Saúde 2019; 11(3): 111-123.
- Rosa AR, Fernandes GNA, Lemos SMA. Desempenho escolar e comportamentos sociais em adolescentes. Audiology - Communication Research, 25, e2287, 2020. Disponível em: https://www.redalyc.org/jatsRepo/3915/391562666018/html/index.html. Acesso: 15 de fevereiro de 2021.
- Poton WL, Soares LG, Gonçalves H. Problemas de comportamento internalizantes e externalizantes e uso de substâncias na adolescência. Cad. Saúde Pública 2018; 34(9):e00205917. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/csp/v34n9/1678-4464-csp-34-09-e00205917.pdf. Acesso 10 de janeiro de 2020
- Góes TRV, Correia DS. Estresse e Lócus de Controle em Adolescentes Grávida. Revist. Port.: Saúde e Sociedade. 2016;1(1):5-17.
- Saud LF, Tonelotto JMF. Comportamento social na escola: diferenças entre gêneros e séries. Psicologia Escolar e Educacional. 2005; 9(1), 47-57.
- Sá DGF, Bordin IAS, Martin D, Paula CS. Fatores de risco para problemas de saúde mental na infância/adolescência. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 2010; 26(4), 643-652.
- Carril LF. (2017). Os desafios da educação quilombola no Brasil: o território como contexto e texto. Revista Brasileira de Educação. 2017; 22(69), 539-564.
– Schwarz R. Ao vencedor as batatas (6a ed.). São Paulo: Editora 34. 2012.
– Assis SG, Avanci JQ, Oliveira RVC. Desigualdades socioeconômicas e saúde mental infantil. Revista de Saúde Pública, 2009; 43(Supl. 1), 92-100.
-Silva DF, Santana PR. Transtornos mentais e pobreza no Brasil: Uma revisão sistemática. Tempus - Actas de Saúde Coletiva, 2012; 6(4), 175 - 185.
– Stivanin L, Scheuer CI, Assumpção Jr FB, SDQ (Strengths and Difficulties Questionnaire): identificação de características comportamentais de crianças leitoras. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 2008; 24(4), 407-413.
- Counselling Directory. Key statistics about children and young people. Disponível em: http://www.counseling directory.org.uk/child renstats.html. Acesso 30 de novembro de 2019.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Revista Portal: Saúde e Sociedade
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.
Esta revista adota a licença CREATIVE COMMONS CC-BY 4.0.
Autores mantém os direitos autorais dos textos publicados e concedem à revista o direito de realizar a primeira publicação do masnucrito. O trabalho é licenciado sob a Creative Commons Attribution License. Isto significa que o compartilhamento do trabalho é permitido, com o devido reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
As contribuições dos autors devem seguir as recomendações internacionais - International Committe of Medical Journal Editors: http://www.icmje.org/recommendations/browse/roles-and-responsibilities/defining-the-role-of-authors-and-contributors.html
O autor deve declarar que o artigo é original e que não foi publicado ou submetido em outro periódico, não infringindo qualquer direito autoral ou outro direito de propriedade.
Uma vez submetido ao artigo, a RPSS reserva-se o direito de fazer alterações normativas, ajuste ortográficos e gramaticais, a fim de manter o padrão linguístico, mas respeitando o estilo do autor.
Os artigos publicados tornam-se propriedade do RPSS. Mesmo assim, todas as opiniões expressas são de responsabilidade dos autores.
Esta é uma revista de acesso aberto, é permitido o uso gratuito de artigos em aplicações educacionais e científicas, desde que a fonte seja citada sob a licença Creative Commons CC-BY.