Tendências temáticas dos trabalhos de conclusão de curso no Programa Mais Médicos- AL
DOI:
https://doi.org/10.28998/rpss.e02106027Resumen
Verificar como os profissionais do programa percebem e pretendem intervir nos processos de saúde e adoecimento nas comunidades em que atuaram. Estudo quantitativo, descritivo, desenvolvido durante os anos 2019 e 2020, valendo-se da base de dados fornecida na área de pesquisa da página web específica do curso de especialização em gestão do cuidado em saúde da família. Período analisado entre 2017.2 e 2018.1. Dos 43 TCCs analisados, 60,5% foram realizados pelo sexo feminino e 39,5% pelo masculino. Dentre esses profissionais, 55,8% eram estrangeiros e 44,2% brasileiros. Dezenove trabalhos (44,2%) correspondiam a profissionais que atuavam na Macrorregião 1 de saúde e 24 (55,8%) na Macrorregião 2. Quanto aos temas abordados, houve predomínio de doenças crônicas não transmissíveis (46,6%): cardiovasculares (hipertensão arterial) e metabólicas (diabetes mellitus), seguidos por temas relacionados à saúde da mulher e gestação (21%): gravidez na adolescência, pré-natal, aleitamento materno e planejamento familiar, e parasitoses intestinais e esquistossomose (14%). Dentre os nós críticos, verificou-se a recorrência de questões relacionadas aos determinantes sociais de saúde, bem como à educação. Às intervenções propostas, observou-se maior prevalência de ações voltadas para a educação (educação em saúde, capacitação de profissionais, educação permanente); outras estão ligadas à qualificação e melhoria na prestação do atendimento à população, seguida por soluções relacionadas a hábitos e condições de vida e políticas públicas. Os temas escolhidos demonstram compromisso e conhecimento da realidade sanitária loco-regional e coerência com as políticas públicas em saúde. Entretanto, as intervenções propostas são insuficientes para a significativa modificação da realidade sanitária local, uma vez que se limitam a atuação individual do paciente ou do médico e equipe de saúde.
Descritores: programa mais médicos; atenção primária à saúde; educação em saúde.
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Referências:
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