Implicações da Individualização, Risco e Reflexividade para a Saúde e a Doença na Contemporaneidade
DOI:
https://doi.org/10.28998/rpss.v2i3.3895Abstract
Introdução: Os efeitos gerados pela globalização, avanços tecnológicos, ganho em direitos civis e políticos, o empoderamento das minorias e o aumento dos riscos globais não somente modificaram a forma como as pessoas vêem, mas também como elas encaram e lidam com os novos desafios impostos. Dentro da sociedade contemporânea ou "segunda modernização", a flexibilização, o neoliberalismo e o transnacionalismo reorganizaram a forma como as pessoas agem economicamente, politicamente e socialmente. Corpo do ensaio: A mudança da primeira modernidade, caracterizada por uma ordem social industrial, para a segunda modernidade, foi impulsionada pela "modernização reflexiva". Muitos dos resultados não desejados desse novo processo são naturalmente globais e, portanto, não é possível prever, estimar ou controlar seu impacto. Como efeito do medo e da ansiedade gerados, a "indústria da saúde" adotou estratégias para obter lucro com os esses riscos. Outra característica da modernidade recente é a "individualização", uma mudança social na qual as pessoas são responsáveis por construirem suas próprias vidas, e os eventos são resultados de escolhas pessoais, não são mais vistas como naturais ou inevitáveis. Além disso, um fenômeno crescente chamado "quarentena invertida", uma ação em massa do auto-protecionismo, cria ilusões pretensas de soluções individuais para situações ameaçadoras, impedindo a sociedade de buscar soluções coletivas. Assim, resulta no aumento das disparidades e exclusão social, refletindo também no acesso a uma assistência pública de saúde decente. Conclusão: as novas formas de interação social em todas as esferas impuseram uma mudança na forma de pensar e abordar os recentes desafios na saúde.
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