FLUXOS FINANCEIROS DO BRICS E RELAÇÃO CENTRO-PERIFERIA: uma análise do período 2011-2020
DOI:
https://doi.org/10.28998/repd.v13i29.13508Palavras-chave:
BRICS. Sistema Centro-Periferia. Vulnerabilidade Externa. Fluxos Financeiros.Resumo
Este trabalho objetiva analisar o perfil e as possíveis implicações dos fluxos de capitais que ingressam nos países pertencentes ao BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – no período de 2011 a 2020, tendo como base a perspectiva do sistema centro-periferia, elaborada por Raúl Prebisch. A metodologia de abordagem empregada é hipotético-dedutivo e os métodos de procedimento consistem em pesquisas bibliográficas de artigos, livros e trabalhos científicos acerca do objeto, além do método descritivo, a partir da análise de dados. Nesse sentido, buscou-se entender o conceito de sistema centro-periferia, formulado na década de 1950 e suas características; apresentou-se o panorama macroeconômico geral dos países do BRICS, a partir de dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) e por fim, analisou-se o perfil dos fluxos de capitais transacionados pelos países do grupo, sobretudo a partir da conta financeira do balanço de pagamentos. Verificou-se que os países periféricos possuem um maior fluxo de capitais especulativos, de curto prazo, comparativamente aos investimentos diretos com perfil de longo prazo. Além disso, pôde-se concluir que a condição de ausência de mecanismos de controle de entrada e saída de capitais fragiliza a política econômica desses países e os expõe à maior fragilidade financeira.
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