Dinamismo do arranjo produtivo local de cerâmica vermelha do norte maranhense

Autores

  • João Gonsalo de Moura UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
  • Ana Karla Gomes Camelo ECONOMISTA

DOI:

https://doi.org/10.28998/repd.v13i30.13580

Resumo

O artigo tem por objetivo analisar a robustez temporal da aglomeração produtiva de cerâmica vermelha presente nos municípios de Itapecuru Mirim e Rosário, no estado do Maranhão, no período de 2010 a 2019. O referencial teórico está assentado na abordagem de arranjos produtivos locais (APLs), tendo em vista tratar-se de uma longeva aglomeração de micro e pequenas empresas que comporta uma gama de elementos exortativos ao desenvolvimento de um APL. Quanto à metodologia, o ensaio pode ser caracterizado como um estudo de caso, recorrendo à análise empírica mediante o emprego de um conjunto de indicadores com a finalidade de revelar indícios a respeito do comportamento da atividade em tela, durante o período proposto. As conclusões apontam para a constatação de que os métodos de produção empregados na região são arcaicos e inoperantes, condizentes com um baixo nível de interatividade entre os diversos atores envolvidos. Constata-se, pois, um ambiente marcado pela paralisação do compartilhamento de conhecimentos e experiências entre empresas, contribuindo assim para perpetuação da condição de aglomeração produtiva e inviabilização da ascensão do ambiente para um contexto de APL.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

João Gonsalo de Moura, UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

Ana Karla Gomes Camelo , ECONOMISTA

Mestranda em Desenvolvimento Socioespacial e Regional pela Universidade
Estadual do Maranhão (UEMA)

Referências

ANICER. Relatório Anual 2015. Rio de Janeiro, 2015. Disponível em: https://www.anicer.com.br/wp-content/uploads/2016/11/relatorio_2015.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2019.

CANIELS; M.; ROMIJN, H. SME. clusters, acquisition of technological capabilities and development: concepts, practices and police lessons. Journal of Industry, Competition and Trade, v. 3, n. 3, p. 187-210; Sept. 2003.

CARDOSO, U. C. APL: arranjo produtivo local – Série Empreendimentos Coletivos. Brasília: Sebrae, 2014.

CASSIOLATO, J. LASTRES H. E SZAPIRO, M. Arranjos e sistemas produtivos locais e proposições de políticas de desenvolvimento industrial e tecnológico. NT 27 – Projeto de pesquisa, arranjos e sistemas produtivos locais e as novas políticas. Rio de Janeiro, 2000.

CHAVES, S. S. Micro e pequenas empresas em arranjos produtivos locais: um estudo do Setor Pesqueiro da Foz do Rio Itajaí-Açú/SC. 2004, 193 f. Dissertação (Mestrado em Economia). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

DATA SEBRAE. Indicadores de empresas. 2020. Disponível em: https://datasebraeindicadores.sebrae.com.br/resources/sites/data-sebrae/data-sebrae.html#/Empresas. Acesso em 2 abr. 2021

GONÇALVES, M. F. A pequena empresa e expansão industrial. Lisboa: Associação Industrial Portuguesa, 1994.

GUARÁ, T. D. Design e produção artesanal em cerâmica: um estudo de caso em Rosário – MA. Anais do 10º congresso brasileiro de pesquisa e desenvolvimento em design. São Luís, 2012.

HADDAD, P. R. Arranjos e Sistemas Produtivos de Micro e Pequenas Empresas no Processo de Planejamento do estado do Maranhão. São Luís: Sebrae - MA, 2003.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE), Sistema de Recuperação Automática - SIDRA. 2021. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/home/pms/brasil. Acesso em 5 mai. 2021.

LASTRES, M. M. H; CASSIOLATO, E. J. Glossário de Arranjos e Sistemas Produtivos e Inovativos Locais. Rio de Janeiro: Sebrae, 2003.

LUNDVALL, B. A. Innovation as a innovative process: from user producer interaction to the national system of innovation. In: DOSI, G et al. (Ed.). Technical change and economic theory. London: Pinter, 1988. p. 349-369.

MINISTÉRIO DO TRABALHO (MTE). Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho (RAIS e CAGED). Disponível em: https://bi.mte.gov.br/bgcaged/caged_perfil_municipio/index.php. Acesso em 17 mar. 2021.

MIRANDA, S. S.; CARACAS, L. B.; SANTOS, D. M. Design como Fator Colaborativo: práticas e inovação em cerâmica artesanal. In: 13º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, 2018. Joinville. Anais eletrônicos: Joinville: Univille, 2018. Disponível em: http://pdf.blucher.com.br.s3-sa-east-1.amazonaws.com/designproceedings/ped2018/8.1_ACO_01.pdf. Acesso em: 27/03/2021.

MOTA, T. L. N. da G.; VIANNA, P. J. R. A Política de Desenvolvimento Sustentável do Maranhão: Inovação Tecnológica para o Arranjo Produtivo da Cerâmica Vermelha. [2002-2005]. Disponível em: <http://econometrix.com.br/pdf/A%20Politica%20de%20Desenvolvimento%20Sustentavel%20do%20Maranhao.pdf>. Acesso em 03 nov. 2019.

MOURA, J.; MOURA, E. P.; SANTOS, A. V. Caracterização, Análise e Sugestões para Adensamento das Políticas de Apoio a APLs Implementadas nos Estados: Maranhão. Projeto BNDES: Análise do Mapeamento e das Políticas para APLs no Brasil. 2010. Disponível em: http://www.redesist.ie.ufrj.br/nts/nt_bndes_n/NT05%20-%20MA.pdf. Acesso em:

PORTER, Michael E. Competição – estratégias competitivas essenciais. 2 ed. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

PRODANOV, C. C.; FREITAS, E. C. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013.

SEME. Argila. [s.d]. Disponível em: https://seme.ma.gov.br/argila/. Acesso em: 09 mar. 2021.

SINDICERMA. Nossos Produtos. [s.d]. Disponível em: http://www.sindicerma.org.br/nossos-produtos/. Acesso em: 17 mar. 2021

TAHIM, E. F. Inovação e meio ambiente: o desafio dos arranjos produtivos de cultivo de camarão em cativeiro no estado do Ceará. 2008. 318 f. Tese (Doutorado em Economia). Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Downloads

Publicado

2022-10-05