Análise da demanda de energia elétrica do setor industrial no Brasil

Autores

  • Márcio Marcelo Gross Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
  • Clailton Ataídes de Freitas Professor do Departamento de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Santa Maria e do Programa de Pós-Graduação em Economia e Desenvolvimento (PPGE&D/UFSM).
  • Cezar Augusto Pereira dos Santos Professor - Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ). Mestre em Economia e Desenvolvimento (PPGE&D/UFSM).
  • Dieison Lenon Casagrande Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Economia - PIMES/UFPE. Mestre em Economia e Desenvolvimento (PPGE&D/UFSM).
  • Paulo Henrique de Oliveira Hoeckel Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Programa de Pós-Graduação em Economia.

DOI:

https://doi.org/10.28998/repd.v8i19.3141

Resumo

O presente artigo tem por objetivo estimar as relações de longo e curto prazo da demanda por energia elétrica do setor industrial do Brasil através de um Modelo de Auto-Regressão Vetorial com correção de erro (VECM), pelo método de Co-integração de Johansen, para assim determinar as elasticidades renda, preço da demanda e preço cruzado por energia elétrica. Objetiva-se ainda projetar a demanda por energia elétrica para os meses de junho, julho e agosto de 2012 através da metodologia Box-Jenkins. Os resultados encontrados apontam que as elasticidades estão de acordo com a teoria econômica e com os resultados encontrados na literatura. A energia se mostrou um bem normal, com demanda inelástica e um bem substituto em relação ao petróleo para as indústrias que possuem essa mobilidade. O modelo de previsão que apresentou melhor ajustamento aos dados foi um modelo AR (4,12) MA (4,12). A média da exatidão das previsões realizadas foi de 97,46%, que é considerado um bom grau de ajustamento, considerando o fato de os dados serem mensais, onde as oscilações são mais difíceis de serem previstas. Esses resultados revelam que é possível utilizar dados mensais para previsões de curto prazo em modelagens Box-Jenkins.

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Biografia do Autor

Márcio Marcelo Gross, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Economista da UFSM. Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Bacharel em Ciências Econômicas pela UFSM. 

Clailton Ataídes de Freitas, Professor do Departamento de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Santa Maria e do Programa de Pós-Graduação em Economia e Desenvolvimento (PPGE&D/UFSM).

Doutor em Economia Aplicada pela Universidade de São Paulo (Esalq-USP). Professor do Departamento de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Santa Maria e do Programa de Pós Graduação em Economia e Desenvolvimento (PPGE&D/UFSM).

Cezar Augusto Pereira dos Santos, Professor - Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ). Mestre em Economia e Desenvolvimento (PPGE&D/UFSM).

Professor da Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ). Mestre em Economia e Desenvolvimento (PPGE&D/UFSM).

Dieison Lenon Casagrande, Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Economia - PIMES/UFPE. Mestre em Economia e Desenvolvimento (PPGE&D/UFSM).

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Economia - PIMES/UFPE. Mestre em Economia e Desenvolvimento (PPGE&D/UFSM).

Paulo Henrique de Oliveira Hoeckel, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Programa de Pós-Graduação em Economia.

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Economia do Desenvolvimento da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PPGE/PUCRS). Mestre em Economia e Desenvolvimento (PPGE&D/UFSM).

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Publicado

2018-02-09

Edição

Seção

Artigos