o desenvolvimento e a natureza simbólica do progresso
DOI:
https://doi.org/10.28998/repd.v1i1.86Resumo
O desenvolvimento como expressão das mudanças sociais vem sendo objeto de atenção entre diversos estudiosos, particularmente quando a expansão do capitalismo tornou visões de mundo e modos de viver e conviver como categorias universais. A apropriação dessas idéias de progresso pelo capitalismo, após a revolução industrial, trouxe de sua gênese um sentido de senso comum, evidente por si mesmo, de conotação aparentemente clara, quase como um dogma que sustenta uma evolução, por isso tido como inquestionável. Esse “progresso” submetido às limitações do crescimento econômico deixa de representar um processo de mudança orientado por valores, tais quais: liberdade, dignidade, conhecimento e a justiça, para dar sentido apenas a acumulação de riqueza, independente de quem dela se apropria. As diferentes qualificações para o desenvolvimento, na procura de dar um sentido de progresso orientado por valores humanos, vem sendo objeto de preocupação nas últimas décadas, quando se torna evidente o caráter fantasioso dessa concepção reducionista de mudança.