vazamento de crédito no Nordeste e uma proposta de sistema de financiamento local: o caso de Alagoas

Autores

  • REYNALDO RUBEM FERREIRA JUNIOR UFAL
  • LUCAS ANDRÉ AJALA SORGATO Brasil

DOI:

https://doi.org/10.28998/repd.v1i1.87

Resumo

Nos últimos anos, a correlação entre enfraquecimento do sistema de financiamento das regiões periféricas e acirramento das desigualdades regionais vem sendo explorada teoricamente, principalmente pelas agendas de pesquisa novokeynesianas e pós-keynesianas. O Brasil, a partir da segunda metade da década de 1990, em função da estabilização monetária, vem sofrendo um processo de concentração bancária que se traduz, por meio da transferência intra-bancos, na migração de créditos das regiões menos desenvolvidas para as mais desenvolvidas, o que os pós-keynesianos definem como “vazamento de crédito”. O objetivo deste artigo é mostrar que o modelo da agência de fomento estadual, dentro de uma lógica de “finanças de proximidade”, ao organizar a oferta e a demanda de crédito, pode contribuir para a reestruturação do sistema de fomento regional e, deste modo, alavancar operações de crédito nas regiões menos desenvolvidas. Por meio do levantamento dos dados junto ao Banco Central sobre as operações de crédito, depósitos à vista e número de agências em Alagoas e comparando-os com os de São Paulo, busca-se mostra que o modelo da Agência de Fomento é um instrumento viável para uma política de estruturação de sistema local de financiamento.

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Biografia do Autor

REYNALDO RUBEM FERREIRA JUNIOR, UFAL

Reynaldo Rubem Ferreira Jr - Professor Associado II da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEAC) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Bacharel em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco (1984- UFPE), mestre em Economia Industrial pelo Programa Integrado de Mestrado em Economia e Sociologia (1990- PIMES/UFPE) e doutor em Política Econômica pelo Instituto de Economia da Universidade de Campinas (1998 - IE/UNICAMP).Ex- Secretário Extraordinário do Estado de Alagoas (2004) , responsável pela coordenação dos estudos para implantação da Agência de Fomento do Estado, e Ex-Superintendente do PRODETUR-AL (2005). Atualmente é professor do mestrado em Economia Aplicada da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Diretor de Operações Financeiras da Agência de Fomento de Alagoas (AFAL), consultor credenciado do Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa (SEBRAE-AL) e da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA). Pesquisador nas áreas de Organização Industrial e Estruturas Financeiras, com ênfase em Economia da Inovação, Competitividade de Setores Industriais, Perfis Tecnológico e Sistemas de Financiamento Empresarial.

LUCAS ANDRÉ AJALA SORGATO, Brasil

É graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Atualmente é mestrando do curso de Economia Aplicada pela Universidade Federal de Alagoas e Tutor online do curso de pós-graduação em Gestão Pública da mesma universidade. Possuí experiência nas áreas de pesquisa de mercado e economia, com ênfase em macroeconomia e estatística. Atua também nas áreas de políticas públicas, sistema financeiro e microcrédito.

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Publicado

2010-12-06

Edição

Seção

Artigos