A QUILOMBAGEM NO SÉCULO XXI: RECONHECIMENTO OU EMANCIPAÇÃO?
Resumo
Este artigo discorre sobre o cenário da sociedade brasileira durante os tempos de colônia e de império marcados pela escravidão negra, bem como a reação rebelde dos escravizados e escravizadas contra a escravidão. O termo que melhor expressa esta realidade rebelde é quilombagem, com significado de processo revolucionário, pois os quilombolas, à medida em que se opunham ao sistema escravagista criavam uma nova sociabilidade alternativa, marcada pelo sentimento de liberdade, de convivência pacífica e uso coletivo do solo e dos bens produzidos. A quilombagem então, iniciada nos tempos da escravidão ultrapassou os séculos e alcançou os nossos dias, constituindo-se de uma prática voltada à transformação social radical, consequentemente almeja alcançar a emancipação. Por isso será comentada, mesmo que sucintamente a emancipação iluminista, emancipação política e a emancipação humana, com vistas a enfatizar o tipo de emancipação que a quilombagem melhor se coaduna. No mais, este artigo trata desse processo revolucionário presente no contexto do século XXI, trabalha o conceito de reconhecimento e destaca a sua importância e os seus limites, apesar da sua imensa importância para o estabelecimento da dignidade humana quilombola.
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