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Relatos de uma mulher e um homem negro, discentes da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo FAU/UFAL
Resumo
Este artigo objetiva refletir sobre as práticas de pesquisa e formação do pensamento científico do curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Alagoas - FAU/Ufal. Entendendo que, se por um lado, os espaços acadêmicos têm um papel fundamental na manutenção ou subversão de desigualdades, por outro, tem um compromisso no combate a opressões e na promoção de um ensino inclusivo. Para tanto, o trabalho dá-se a partir do alinhamento de revisões acerca de epistemicídio, luta antirracista, feminismo negro e temáticas similares junto a metodologia de “escrevivência”: o relato de narrativas e memórias advindas do período de graduação, de dois autores - um homem e uma mulher negra, nascidos no estado de Alagoas. Desse modo, verifica-se como as práticas de ensino que partem de uma visão branca, masculina, europeia e/ou norte-americana/estadunidense, colonial auxilia na produção de desigualdades da cidade ao materializar opressões e hierarquias raciais e sociais. Por outro lado, ressalta-se que a percepção e construção crítica de reconhecer onde se situa o conhecimento reverberado pelo curso de Arquitetura e Urbanismo já é um grande avanço para subverter tais práticas hegemônicas, ao passo em que se faz obrigação social pensar e propor práticas que corroborem para o desmantelamento da dominação hegemônica e branca na academia.
Palavras-chave: Ensino de arquitetura e urbanismo, epistemicídio, escrevivência.