Nas topografias de um encontro: movências coletivas de uma tipografia Pataxó
DOI:
https://doi.org/10.28998/rm.2021.n.especial.10481Palavras-chave:
Pataxó. Tipografia. Criação coletiva. Artes Gráficas. Aldeia Kaí.Resumo
Movendo-se entre uma constelação de encontros, entre professores e estudantes do Ensino Superior e Básico, entre a rede de artistas do coletivo gráfico Sociedade da Prensa e o Colégio Estadual Kijetxawê Zabelê, das comunidades pataxó de Cumuruxatiba e sujeitos vindos de diferentes lugares da Bahia e do Brasil, este artigo se põe a pensar quais terrenos e confluências foram acionados na criação coletiva de uma tipografia pataxó. Denominada pela comunidade de ATXÚHU KAÍ, é um alfabeto pataxó constituído a partir de uma série de carimbos artesanais em madeira, produzidos em encontros de saberes, conduzidos pela professora, artista e coordenadora pedagógica Rita Pataxó. Nos elos entre aldeia, escola indígena e universidade, o texto percorre os vetores de um processo criativo coletivo, em que se descortinam movimentos de uma contra-colonização epistêmica.Downloads
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