“Uma revolução interna em movimento” – Olhares sobre as ocupações estudantis no Paraná: dos processos formativos às trajetórias pós-ocupações

Autores

DOI:

https://doi.org/10.28998/rm.2021.n.10.11802

Palavras-chave:

jovens-estudantes, ocupações 2016, práticas formativas, ativismo político.

Resumo

A partir de análise de entrevistas com estudantes que participaram do movimento de ocupações de escolas em 2016 no estado do Paraná, nosso objetivo é apresentar os processos formativos realizados durante o período em que as escolas paranaenses foram ocupadas, bem como as trajetórias individuais dos estudantes no período pós-ocupações. Para tanto, apresentamos contextualização do maior movimento de ocupações estudantis já ocorrido no Brasil, discussões teóricas sobre processos formativos, as principais ações empreendidas pelos estudantes, e o quanto eles foram afetados por terem participado do movimento. As análises indicam a importância daquela experiência vivida na construção de suas trajetórias, em especial na continuidade de sua formação ao adentrarem no ensino superior, mas também em relação ao engajamento político, tanto de forma direta quanto indireta, revelando as múltiplas dimensões de suas constituições como sujeitos políticos.

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Biografia do Autor

Ana Luisa Fayet Sallas, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Pós doutorado em Sociologia (Colégio do México), Doutora em História (UFPR), Professora Titular do Programa de Pós-graduação em Sociologia/UFPR e do PROFSOCIO - Rede Nacional. 

Simone de Fátima Flach, Universidade Estadual de Ponta Grossa/PR

Doutora em Educação pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar. Docente do Departamento de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG.

Suely Aparecida Martins, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus de Francisco Beltrão

Doutora em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e docente do curso de Pedagogia e do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), campus de Francisco Beltrão.  

Luis Antonio Groppo, Universidade Federal de Alfenas

Doutor em Ciências Sociais pela Unicamp. Professor da Universidade federal de Alfenas (UNIFAL-MG). Pesquisador do CNPQ.

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Publicado

2021-11-10

Edição

Seção

Antropologia da Juventude