Kalungas: Força Feminina Bantu em Poços do Lunga
DOI:
https://doi.org/10.28998/rm.2024.n.16.17980Palavras-chave:
Feminismos, Quilombo, Fotografia, UmbandaResumo
O ensaio fotográfico Kalungas: Força Feminina Bantu em Poços do Lunga é inspirado no encontro com mulheres quilombolas, desde 2021, em seu território e terreiro de Umbanda Palácio de Ogum. É produto da pesquisa de pós-doutorado no Laboratório de Etnopsicologia da Universidade de São Paulo - Ribeirão Preto (USP-RP) e na Universidade Federal de Alagoas (UFAL) sobre afroepistemologias na Améfrica (García, 2018; Gonzalez, 1988). O ensaio compartilha a experiência da força feminina negra nos espaços rituais, musicais e familiares-comunitários do quilombo, que nos remetem à ancestralidade enraizada na força da Kalunga. Que habita e se expressa em cantos/danças cerimoniais, práticas de cuidado/saúde e na confecção de calunguinhas que corporizam saberes e sabedorias que as mulheres protegem como guardiãs ancestrais das plantas medicinais, do cuidado, do artesanato têxtil, da liderança, do fortalecimento comunitário e da espiritualidade afrodiaspórica.
Downloads
Referências
COSTA E SILVA, Alberto. A enxada e a lança: a África antes dos portugueses. Río de Janeiro: Nova Fronteira, 2011.
DANTAS, Leonardo. A corte dos reis do Congo e os maracatus do Recife. Ciência & Trópico, v. 27, n. 2, p. 363-384, 1999.
GARCÍA, Jesús. Afroepistemología y pedagogía cimarrona. In: CAMPOALEGRE, Rosa. (editora). Afrodescendencias: voces en resistencia. Buenos Aires: Clacso, 2018. p. 59–70.
GONZALEZ, Lélia. A categoria politico-cultural de amefricanidade. Tempo Brasileiro, v. 92/93, p. 69–82, 1988.
HERREMAN, Frank. (org.). Na presença dos espíritos. Arte africana do Museu Nacional de Etnologia, Lisboa. New York: Museum for African Art. N.Y., 2000.
MARTINS, João. Crenças adivinhação e medicina tradicionais dos Tutchokwe do Nordeste de Angola. Instituto de Investigação Científica Tropical, 1993.