Os sabores do/no Rio Araí

Autores

  • Miguel Brito Picanço UNIVERSIDAD DE BARCELONA

DOI:

https://doi.org/10.28998/rm.2019.n.6.6193

Resumo

Este ensaio - é um recorte do campo fotoetnográfico, deste aprendiz de etnógrafo, que há  algum tempo tem se dedicado a estudar e registar por meio de imagens as experiências de pescaria e comensalidades do povo araiense - diz respeito a dois seres que povoam não apenas os manguezais e as águas do rio Araí, mas também as mesas dos araienses, a saber: o baiacu (tetraodontídeos) e o turu (Teredo navalis).O primeiro é um peixe conhecido por ser venenoso. Seu veneno concentra-se em uma pequena glândula (conforme mostrado na imagem 4), que depois de retirada o torna próprio ao consumo humano. Já o segundo é um molusco que em tempos de outrora alimentava as populações ameríndias da Amazônia. Para os de fora sua aparência causa estranheza, para os araienses ele é comida de sustança, com considerável poder curativo e afrodisíaco. Tanto um quanto o outro, contribuem para composição alimentar dos povos amazônicos do salgado paraense, como é o caso do povo de Araí, tratando-se, assim, de uma linguagem de identidade (MACIEL, 2005, CONTRERAS, 1992), de um povo caboclo e amazônico. 

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Biografia do Autor

Miguel Brito Picanço, UNIVERSIDAD DE BARCELONA

Doutor em Ciências Sociais, pelo PPGCS da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, na linha de pesquisa: identidade e sociabilidade, na modalidade Doutorado Sanduíche (Bolsa/CAPES), com estágio doutoral pela Universidad de Barcelona no Observatorio de la Alimentación. Pós-doutorando em Atropologia da Alimentação, no Observatario de la Alimentación , na Universidad de Barcelona. Compõe a equipe de pesquisadores do Laboratório de Políticas Culturais e Ambientais do Brasil (LAPCAB) onde desenvolve pesquisas nas seguintes temáticas: sociabilidade, identidade e Antropologia da alimentação e da imagem.

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Publicado

2019-12-12

Edição

Seção

Encarte Visual/Visual notes