Alargar bordas: entre o saber e o conhecer

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.28998/rm.2020.n.9.10733

Palabras clave:

Espiritualidade. Cosmopolítica. Aprendizagem. Quilombos.

Resumen

Neste artigo descrevoas relações que a Comunidade Kilombola Morada da Paz, situada em Triunfo/RS, estabelece com os espaços universitários através da ideia de borda, possibilidade criativa de feitura da vida com a diferença que não implica a submissão de uma sobre a outra, nem a diluição homogeneizante de ambas. A partir da borda, a Morada diferencia o saber, enraizado nas vivências comunitárias, do o conhecer, próprio dos espaços do universitários. Não nega a relação com estes espaços, mas atua neles em função da guerra cósmica da qual participa, apropriando-se do que pode fortalecer seus propósitos comunitários. Ao fazer isso, traz para o interior dos espaços de conhecimento a compreensão de que a palavra é magia, dotando outros sentidos a fala e a escuta, mesmo quando não convidada a isso. Argumento ser uma forma de ‘alargamento da borda’ para garantir a manutenção da sua própria existência.

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Biografía del autor/a

Luiza Dias Flores, Universidade Federal do Amazonas

Professora do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Amazonas. Doutora em Antropologia Social (UFRJ/MN), mestra em Sociologia e Antropologia (UFRJ/IFCS) e bacharela em Ciências Sociais (UFRGS). Tem experiência de pesquisa em Antropologia das populações afro-brasileiras, com principal interesse às cosmopolíticas afro-brasileiras e teorias etnográficas da contramestiçagem, e nos debates Feministas, com destaque aos feminismos interseccionais, feminismos comunitários e ecofeminismos.

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Publicado

2021-05-27

Número

Sección

Encontro de Saberes: Transversalidades e Experiências