Antropologia partilhada e montagem do filme etnográfico: narrativa sobre o processo de realização de «BRAVO»

Autores/as

  • Alfredo M. Pontes Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL).

DOI:

https://doi.org/10.28998/rm.2017.n.3.3515

Palabras clave:

filme etnográfico, montagem, antropologia partilhada

Resumen

A partir da realização do filme etnográfico BRAVO[1] (2017), este artigo propõe uma discussão acerca do processo de montagem desta experiência fílmica pensando em uma antropologia partilhada. Representar o outro sempre é muito difícil, ainda mais quando esta representação dá-se através de uma câmera, seja ela fotográfica ou fílmica. Quando propus-me a registrar através da imagem em movimento um pequeno recorte do cotidiano de Fernanda – a Bravo, não mensurei a complexidade que isso poderia vir a implicar. Como representar a vida de alguém a partir de imagens e como este alguém quer ser visualmente representado? Através do dispositivo fílmico e da etnografia visual, qual linguagem utilizar neste processo de representação sem desempoderar ou exotizar quem está a ser representado?


[1] Filme apresentado como trabalho final à disciplina de Atelier de Imagem, do Mestrado em Antropologia – Culturas Visuais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH/UNL). 

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Biografía del autor/a

Alfredo M. Pontes, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL).

Estudante do Mestrado em Antropologia com especialização em Culturas Visuais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL) e membro do Laboratório Antropologia Visual em Alagoas do Instituto de Ciências Sociais da Universidade Federal de Alagoas (AVAL-ICS-UFAL).

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Publicado

2018-03-27

Número

Sección

Antropologia e Imagem: Produções, Acervos e Coleções Etnográficas