ONDE ESCONDEMOS NOSSO RACISMO? REFLEXÕES PARA FOMENTAR O DEBATE ANTIRRACISTA
DOI:
https://doi.org/10.28998/contegeo.9i.19.16685Palabras clave:
Movimento negro; Branquitude; Descolonização do pensamento; Lei 11.645/08; Educação antirracista.Resumen
Os movimentos negros e antirracistas sempre foram silenciados e oprimidos. Faz-se necessário trazer à tona essas questões para que a hegemonia da branquitude, que ainda ocupa os lugares de poder, não se utilize delas para criar, dentro da sociedade, invisibilidades e indiferenças. A publicidade é um meio de divulgação que se utiliza de aparatos convidativos a cada público; e, a problemática materializa-se quando determinados grupos são discriminados, tais como, crianças negras, mulheres negras e, de forma mais ampla, o povo negro. Djamila Ribeiro, referência nesta escrita, nos alerta sobre os problemas que impedem o acesso aos lugares de cidadania, que o racismo impõe. Analisa-se, através de revisões bibliográficas e de campanhas publicitarias, pretéritas e contemporâneas, como a sociedade brasileira se constituiu, sob forte influência do racismo. Descolonizar o pensamento está apenas em seu movimento inicial. Dessa forma, o texto reflete sobre o pensamento racista, predominante na sociedade brasileira, e o pensamento antirracista nos espaços intraescolares e extraescolares, possibilitando um exercício que nos permita compreender a importância do nosso papel na produção de uma sociedade antirracista. Contata-se que o racismo estrutural está arraigado na sociedade brasileira, o que torna urgente efetivarmos o funcionamento da Lei 11.645/08 nos espaços escolares, promovendo uma educação antirracista.
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