A EXPANSÃO DA FRONTEIRA E OS TERRITÓRIOS DA REFORMA AGRÁRIA NO SUL DO AMAZONAS
DOI:
https://doi.org/10.28998/contegeo.9i.20.17649Palabras clave:
Amazônia, Pecuária, DesmatamentoResumen
O sul do Amazonas passa por transformações espaciais, se configurando como fronteira agrícola, processo facilitado pelos eixos de circulação implementados durante o governo militar. Essa pesquisa buscou sistematizar o processo histórico do avanço da nova fronteira agrícola espacial nos assentamentos no sul do Amazonas, bem como analisar os principais processos que impactaram o ambiente que estão inseridos. Para tal, foram realizados trabalhos de campo entre dezembro de 2017 e novembro de 2023 para observação exploratória e entrevistas com as famílias. Para identificar as áreas que apresentam impactos nos assentamentos, o estudo utilizou dados cartográficos secundários. Esses dados englobaram os municípios de Boca do Acre, Lábrea, Canutama, Humaitá, Manicoré, Novo Aripuanã e Apuí, localizados no sul do Estado do Amazonas. Conclui-se que esse processo de expansão da fronteira é constantemente impulsionado pelas rodovias BR-230 e BR-319, assim como pelos governos que incentivaram a expansão fundiária, a implementação e o crescimento do agronegócio em áreas públicas destinadas à reforma agrária, ou seja, em áreas institucionalizadas pelo Estado brasileiro.
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