Anarquia na Bahia (1920-1922) – militância, repressão e circulação geográfica na trajetória de Eustáquio Marinho
DOI:
https://doi.org/10.28998/rchv11n21.2020.0006Resumo
Na tarde de 18 de novembro de 1918, na capital federal, centenas de trabalhadores de diversas categorias profissionais, aproveitando as greves decretadas por suas associações de classe, reuniram-se no Campo de São Cristóvão. O objetivo era assaltar um quartel do Exército para dar início a uma revolução que pretendia implantar uma República de Operários e Soldados, de caráter soviético, no Brasil. Frustrada a insurreição, a consequente repressão estatal resultou em grande número de militantes presos, deportados e evadidos para outras regiões do país. Após participação nesse episódio, um militante anarquista sem grande projeção, dirigiu-se para a Bahia, em princípios de 1920. Uma vez estabelecido em terras soteropolitanas, Eustáquio Marinho adquiriu grande protagonismo no sindicato dos trabalhadores da construção civil, participando diretamente na transformação desse grêmio numa entidade animada pela estratégia sindicalista revolucionária. O objetivo deste estudo é, assim, analisar a trajetória militante de Eustáquio Marinho, considerando os impactos da repressão estatal, da circulação geográfica e do trânsito ideológico em sua atividade sindical e política, buscando compreender como tais aspectos influenciaram a emergência do anarquismo sindical na Bahia, na conjuntura em tela.
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