A mão visível do Estado: representações dos Comitês de Defesa da Revolução nos discursos de Fidel Castro (1961-1977)
DOI:
https://doi.org/10.28998/rchv12n23.2021.0015Resumo
Este trabalho consiste na análise dos discursos proferidos por Fidel Castro em comemorações envolvendo o aniversário dos Comitês de Defesa da Revolução (28 de setembro), tendo em vista o recorte temporal compreendido entre os anos de 1961 e 1977. O presente artigo busca compreender as representações de uma das principais organizações de massas criadas a fim de garantir a continuidade do governo socialista da ilha, assim como da geração guerrilheira de Sierra Maestra no poder. Para tanto, problematiza-se como o Estado cubano tentou exercer controle político-ideológico sobre a sociedade civil através dos CDR. Conclui-se identificando no discurso oficial tensões que opõem a defesa da ampla participação popular na cena pública à repressão estatal frente aos riscos de ruptura do modelo social que a Revolução julgava estar construindo.
Downloads
Referências
AYERBE, Luis Fernando. A Revolução Cubana. São Paulo: UNESP, 2004.
BACZKO, Bronislaw. Imaginação social. In: Enciclopédia Einaudi. Antropos-Homem. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985.
CHOMSKY, Aviva. História da Revolução Cubana. São Paulo: Veneta, 2015.
FERNANDES, Florestan. Da guerrilha ao socialismo: a Revolução Cubana. 3ª ed. São Paulo: Expressão Popular, 2012.
HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Centauro, 2006.
HARNECKER, Marta. Cuba: democracia ou ditadura?. São Paulo: Global Editora, s./d.
LEGRÁ, Ángel Fernández Rubio. El proceso de institucionalización de la Revolución Cubana. Havana: Editorial de Ciencias Sociales, 1985.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença
https://creativecommons.org/licenses/by-nc/2.0/br/
Os autores detém os direitos autorais sem restrições, devendo informar a publicação inicial nesta revista, em caso de nova publicação de algum trabalho.