Duas Marias lutando em família pelo direito de serem donas de si
DOI:
https://doi.org/10.28998/rchv12n23.2021.0006Resumo
Neste estudo, reconstituo a experiência de duas mulheres enquanto lutavam pela liberdade legal para si mesmas e para suas filhas e filhos pequenos, em Feira de Santana, Bahia, nas últimas décadas da escravidão. Para tanto, foram analisados documentos relacionados ao caso como cartas de alforrias, ações de liberdade, inventários e jornais. A partir de uma abordagem qualitativa das marcas deixadas por essas personagens em seu itinerário foi possível saber que, a despeito da opressão interseccional de classe, gênero e raça; mulheres negras – escravizadas, libertas e livres foram personagens centrais na luta pela liberdade legal na região nas últimas décadas da escravidão. O cruzamento destes documentos explicitou que as especificidades da escravidão feminina influenciavam na decisão das mulheres em investir na conquista desse tipo liberdade.
Palavras-chaves: Mulheres negras. Escravidão. Liberdade legal.
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