Montaigne e a voluptuosidade no Renascimento: “Sobre os versos de Virgílio” (III, 5)
DOI:
https://doi.org/10.28998/rchvl6n12.2015.0006Resumo
Este texto busca realçar alguns aspectos da discussão que Montaigne leva a efeito acerca da atração física em seu escrito Sobre os versos de Virgílio. O objetivo é acompanhar a reflexão montaigniana, que é mundana e sensual, e seu enfoque, que não é o divino, mas o corporal, uma vez que para o ensaísta a alma sem o corpo se depaupera. Em suma, almejamos apresentar a forma paradoxal com que Montaigne discute a noção de voluptuosidade e, ao mesmo tempo, mostrá-lo como defensor das voluptuosidades corporais.Downloads
Referências
AGOSTINHO, Santo. Cidade de Deus. Trad. Oscar Paes Leme. Petrópolis: Vozes, 1989.
ARISTOTLE. Politics. Trad. de H. Rackham. Londres: Loeb Classical Library, 2005. [ Links ]
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Trad. Leonel Vallandro e Gerd Bornheim. São Paulo: Abril Cultural, 1973. (Coleção Os Pensadores).
AZAR FILHO, Celso Martins. Considerações esparsas sobre a relação entre virtude, natureza e educação no Renascimento. Revista Princípios, Natal, v. 6, n. 7, p. 3-27, 1999.
BIRCHAL, Telma. O eu nos Ensaios de Montaigne. Belo Horizonte: UFMG, 2007.
BIRCHAL, Telma. O amor e suas regras em "Sobre Versos de Virgílio". Revista Kriterion, vol. 53 no.126, Belo Horizonte Dec. 2012.
BURKE, Peter. Montaigne. New York: Oxford University Press, 1994.
DESAN, Philippe. Montaigne, les cannibales et les conquistadores. Paris: A. G. Nizet, 1994.
ECO, Umberto. O nome da rosa. Trad. Aurora Fornoni Bernardini e Homero Freitas de Andrade. Rio de Janeiro: O Globo; São Paulo, 2003.
GILSON, Etienne. A filosofia na Idade Média. Trad. Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
GHIRALDELLI, Paulo. Como a filosofia pode explicar o amor. São Paulo: Universo dos livros, 2011.
HALE, John R. Renascença. Rio de Janeiro: José Olympio, 1970.
HESÍODO. Teogonia: a origem dos deuses. Trad. José Antonio Alves Torrano. São Paulo: Iluminuras, 1991.
LACOUTURE, Jean. Montaigne a cavalo. Trad. F. Rangel, Rio de Janeiro: Record, 1998.
LANGER, Ullrich. Montaigne’s political and religious context. In: LANGER, Ullrich (Ed.). The Cambridge Companion to Montaigne. New York: Cambridge University Press, 2005. p. 9-26.
LESTRINGANT, Frank. Montaigne et les protestants. In: Colloque International tenu à University of Chicago. Actes Paris: Éditions Champions, 2006. p. 351-372.
MALEBRANCHE, Nicolas. La ricerca della verità /; a cura di Maria Garin ; introduzione di Eugenio Garin; con una nota di Emanuela Scribano. Roma: Latreza, 2007.
MONTAIGNE, Michel de. Os Ensaios. Trad. Rosemary Costhek Abílio. São Paulo: Martins Fontes, 2001, 2002, 2006. (Coleção Paidéia). 3 v. [ Links ]
MONTAIGNE, Michel de. Les Essais. PUF: Paris, 2004. [1595] [ Links ].
MONTAIGNE, Michel de. Journal de voyage en Italie: par La Suisse & l’Allemagne. In: Œuvres complèetes. Paris: Gallimard, 1962. (Bibliothèque de La Pléiade).
MONTAIGNE, Michel de. Ensaios. Trad. de Sérgio Milliet. 2. ed. São Paulo: Abril, 1980.
MORAES, Giedrer B. de. Origem da palavra puta. http://profgiedrer. /2012/04/origem-dapalavra-puta.html. Acess. 15.01.2015.
MOREAU, Pierre. Montaigne: o homem e a obra. In: MONTAIGNE. Ensaios, Livro I. Trad., prefácio e notas de Sérgio Milliet. Rio de Janeiro; Porto Alegre; São Paulo: Globo,
NAKAM, Géralde. Montaigne et son temps. Les événements et les Essais: l'histoire, la vie, le livre. Paris: Gallimard, 1993.
PASCAL, Blaise. Colóquio com o Senhor de Saci sobre Epicteto e Montaigne. Tradução: Jaimir Conte. Princípios, Natal, vol. 12, nos 17-18, jan./dez. 2005, p.183-204.
PLATÃO. O Banquete. Trad. Donaldo Schüle. Porto alegre: Ed. L&PM, 2009.
PLATÃO. Fedro. Trad. Edson Bini. Ed. Edipro, 2011.
POPKIN, Richard. História do ceticismo de Erasmo a Spinoza. Trad. Danilo Marcondes de Souza Filho. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 2000.
PORCHAT, Oswald. Vida comum e ceticismo. São Paulo: Brasiliense, 1994.
PLATÃO. République. Bibliothèque de la Pléiade. Tradução e notas de Léon Robin com a colaboração de M.-J. Moreau, Paris : Gallimard, 1950. [ Links ]
RUEL, Edoward. Du sentiment artistique dans la morale de Montaigne (1901), França: Trade paper back, 2019.
SCHNEEWIND, Jerome. Montaigne ond moral philosophy and the good life. In: LANGER, Ullrich (Ed.). The Cambridge Companion to Montaigne. New York: Cambridge University Press, 2005. p. 217-225.
STAROBINSKI, Jean. Montaigne em movimento. Trad. Maria Lúcia Machado. São Paulo: Companhia da Letras, 1992.
RATZ, Maurice. Introduction. In: MONTAIGNE. Essais, tome I, Paris: Éditions Garnier Frères, 1962.
RIBEIRO, Jorge. A critica de Malebranche a Montaigne. 2009. critica-de-malebranchemontaigne.html. Acesso: 07.05. 2014.
TELES, Liana Eppinghaus Barbalho S. Montaigne e a formação do indivíduo no Renascimento. Bragança Paulista: EDUSF, 1992.
THEOBALDO. Maria Cristina. Sobre o “Da educação das crianças”: a nova maneira de Montaigne. 2008. 285 f. Tese (Doutorado em Filosofia) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo.
VILLEY, Pierre. Les sources et l’evolution des Essais de Montaigne. Paris: Hechette, 1908.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença
https://creativecommons.org/licenses/by-nc/2.0/br/
Os autores detém os direitos autorais sem restrições, devendo informar a publicação inicial nesta revista, em caso de nova publicação de algum trabalho.