Quando os ventos da convivência chegam, varrem e semeiam que “o Nordeste é viável”
DOI:
https://doi.org/10.28998/rchv10n09.2019.0011Resumo
No limiar da década de 1990, a convivência com o Semiárido irrompe como fundamento de contestação ao modelo de intervenção governamental na região exigindo políticas públicas permanentes e apropriadas. A partir de estudos realizados no campo da História, da Sociologia, da Ciência Política e da Educação, este trabalho busca apresentar percursos do discurso da convivência e os modos como suas tramas vêm sendo enunciadas na produção acadêmica. O cenário que se descortina revela uma disputa por significados cujo valor aglutina implicações políticas, econômicas e culturais relacionadas aos modos de dizer a região, à implementação de políticas públicas, à postura assumida pela sociedade civil e à educação. A evidência de que há uma mudança se operando no Semiárido Brasileiro, com o deslocamento do discurso do combate à seca para a concepção de convivência mais do que uma simples constatação de forças que (se) mobilizam (n)o tempo presente, é o reconhecimento de uma invenção que está em curso.Downloads
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