MULHERES E REFORMA AGRÁRIA: Análise da trajetória de vida de assentada rural em Júlio de Castilhos/RS.

Autores

  • Saritha Denardi Vattathara Universidade Federal de Santa Maria

Resumo

A estrutura fundiária do Brasil é produto de um processo histórico fundado na injustiça e na desigualdade que resultou na concentração progressiva de terras e no aumento de trabalhadores sem-terras, que por meio do MST, atuam politicamente em prol da efetividade da Reforma Agrária. Esse trabalho visa fazer uma analise a respeito da trajetória de vida de uma assentada do MST no território gaúcho. Utilizando a analise de sua trajetória de vida, procurou-se relacionar com as teorias de masculinização e evasão dos e das jovens do meio rural. Seu caso contrapõe as tendências gerais, demonstrando forte ligação com a terra e negando o processo de evasão, apesar das dificuldades estruturais enfrentadas. Assim, conclui-se que públicos como o caso estudado necessitam de projetos específicos que visem garantir condições para permanecerem no campo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Saritha Denardi Vattathara, Universidade Federal de Santa Maria

Departamento de Educação Agrícola e Extensão Rural 

Referências

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p.

CALDART, Roseli Salete. O MST e a formação dos sem terra: o movimento social como princípio educativo. Estud. av. 2001, vol.15, n.43, pp.207-224.

CASTRO, E. G. As Jovens rurais e a reprodução social das hierarquias: relações de gênero em assentamentos rurais. In: Vera Lúcia Silveira Botta Ferrante, Dulce Consuelo Andreatta Whitaker. (Org.). Reforma Agrária e desenvolvimento - desafios e rumo as da política de assentamentos rurais. Brasília/ São Paulo: MDA/UNIARA, 2008, v. , p. 112-130.

FACCIN, Rodrigo Duarte. O trabalho de mulheres assentadas: descortinando desigualdades. 2016. 137 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Agronomia, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2016. Disponível em: <https://repositorio.ufsm.br/handle/1/8932>. Acesso em: 29 jun. 2018.

FERNANDES, B.; STÉDILE, J. Brava gente: a trajetória do MST e a luta pela terra no Brasil. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1999.

FRANÇA, C. G.; DEL GROSSI, M. E.; MARQUES, V. P. M. A. O censo agropecuário 2006 e a agricultura familiar no Brasil. Brasília-DF: MDA, 2009. 96 p.

HEREDIA, Beatriz, Maria Alásia de; CINTRÃO, Rosângela Pezza. Gênero e acesso a políticas públicas no meio rural brasileiro. Revista Nera Presidente Prudente – v. 9, n. 8 – Janeiro/Junho de 2006 – pp. 1-28 - ISSN 1806-6755

INCRA. Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. Superintendência 11/RS. Relatório de Gestão do Exercício de 2012. Porto Alegre-RS. Disponível em: <http://www.incra.gov.br/index.php/servicos/publicacoes/relatorios/file/1533-superintendencia-regional-11-rio-grande-do-sul>. Acesso em: 29 jun. 2018.

MARTINS, J. S. Reforma agrária: o impossível diálogo. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2000, 173p.

MENEGAT, Alzira Salete. Mulheres de assentamentos rurais: identidades e trajetórias em construção. 2008. Disponível em:

http://www.fazendogenero.ufsc.br/8/sts/ST17/Alzira_Salete_Menegat_17.pdf Acesso em: 20 maio 2018.

SAUER, S. A luta pela terra e a reinvenção do rural. XI Congresso Brasileiro de Sociologia. Campinas-SP: Universidade de Campinas - UNICAMP, set/2003, 26p.

VASQUEZ, Gislayne Cristina Figueiredo. A Psicologia na área rural: os assentamentos da reforma agrária e as mulheres assentadas. Psicol. cienc. prof. 2009, vol.29, n.4, pp. 856-867 .

Downloads

Publicado

2018-10-24

Como Citar

DENARDI VATTATHARA, Saritha. MULHERES E REFORMA AGRÁRIA: Análise da trajetória de vida de assentada rural em Júlio de Castilhos/RS. Revista Craibeiras de Agroecologia, [S. l.], v. 2, n. 1, 2018. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/era/article/view/6113. Acesso em: 20 nov. 2024.