MULHERES E REFORMA AGRÁRIA: Análise da trajetória de vida de assentada rural em Júlio de Castilhos/RS.

Autores

  • Saritha Denardi Vattathara Universidade Federal de Santa Maria

Resumo

A estrutura fundiária do Brasil é produto de um processo histórico fundado na injustiça e na desigualdade que resultou na concentração progressiva de terras e no aumento de trabalhadores sem-terras, que por meio do MST, atuam politicamente em prol da efetividade da Reforma Agrária. Esse trabalho visa fazer uma analise a respeito da trajetória de vida de uma assentada do MST no território gaúcho. Utilizando a analise de sua trajetória de vida, procurou-se relacionar com as teorias de masculinização e evasão dos e das jovens do meio rural. Seu caso contrapõe as tendências gerais, demonstrando forte ligação com a terra e negando o processo de evasão, apesar das dificuldades estruturais enfrentadas. Assim, conclui-se que públicos como o caso estudado necessitam de projetos específicos que visem garantir condições para permanecerem no campo.

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Biografia do Autor

Saritha Denardi Vattathara, Universidade Federal de Santa Maria

Departamento de Educação Agrícola e Extensão Rural 

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Publicado

2018-10-24

Como Citar

DENARDI VATTATHARA, Saritha. MULHERES E REFORMA AGRÁRIA: Análise da trajetória de vida de assentada rural em Júlio de Castilhos/RS. Revista Craibeiras de Agroecologia, [S. l.], v. 2, n. 1, 2018. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/era/article/view/6113. Acesso em: 13 ago. 2024.